Prece pela família

Ó Deus, de Quem procede toda paternidade no céu e na terra, Pai, que és Amor e Vida, faz com que cada família humana sobre a terra se converta, por meio de teu Filho, Jesus Cristo, “nascido de Mulher”, e mediante o Espírito Santo, fonte de caridade divina, em verdadeiro santuário da vida e do amor para as gerações que sempre se renovam.

Faz que tua graça guie os pensamentos e as obras dos esposos para o bem de suas famílias e de todas as famílias do mundo.

Faz que as jovens gerações encontrem na família um forte apoio para sua humanidade e seu crescimento na verdade e no amor Faz que o amor, reafirmado pela graça do sacramento do matrimônio, se revele mais forte que quaisquer crises, pelas quais passam às vezes nossas famílias.

Faz finalmente, Te pedimos por intercessão da Sagrada Família de Nazaré, que a Igreja, em todas as nações da terra, possa cumprir frutiferamente sua missão na família e por meio da família.

Tu, que és a Vida, a Verdade e o Amor, na unidade do Espírito Santo.

Amém.

Papa João Paulo II

Jejum e abstinência

Queremos aqui apresentar realidades do cotidiano conforme o Código de Direito Canônico (CIC) diz para nós cristãos católicos – e o que significa o Código de Direito Canônico? É um livro da Igreja católica onde organiza o catolicismo, são as leis, ou melhor, os decretos (cânones) que a Igreja foi adquirindo nesses dois milênios, o atual foi confirmado pelo papa João Paulo II no ano de 1983.

Alguns católicos sempre perguntam: quanto tempo devo ficar sem comer algo para participar da Eucaristia (Missa)? O CIC diz no parágrafo 919. Quem vai receber a santíssima Eucaristia abstenha-se de qualquer comida ou bebida, excentuando-se somente água e remédio no espaço de ao menos uma hora antes da sagrada comunhão.

Mas ele tem um observação para os idosos e os enfermos; As pessoas idosas e enfermas, bem como as que cuidam delas, podem receber a santíssima Eucaristia, mesmo que tenham tomado alguma coisa na hora que antecede.

Quais católicos podem jejuar, quando, e a partir de quantos anos? Parágrafos 1249 – 1252: Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados por lei divina a fazer penitência; mas, para que todos estejam unidos mediante certa observância comum da penitência, são prescritos dias penitencias, em que os fiéis se dediquem de modo especial à oração, façam obras de piedade e caridade, renunciem a si mesmos, cumprindo ainda mais fielmente as próprias obrigações e observando principalmente o jejum e a abstinência.

Os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da quaresma.

Observe-se a abstinência de carne ou de outro alimento, segundo as prescições da Conferência dos Bispos, em todas as sextas-feiras do ano, a não ser que coincidam com algum dia enumerado entre as solenidades; observem-se a abstinência e o jejum na quarta-feira de Cinzas e na sexta-feira da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Estão obrigados à lei da abstinência aqueles que tiverem completado quartoze anos de idade e vai até o final da vida; estão obrigados à lei do jejum a partir dos dezoito anos completos e vai até os cinquenta e nove completos. Todavia, os pastores de almas e os pais cuidem que sejam formados para o genuíno sentido da penitência também os que não estão obrigados à lei do jejum e da abstinência em razão da pouca idade.

Retirado do Blog da Canção Nova

Maria e o anjo – Lucas 1

Deus enviou um anjo chamado Gabriel a Nazaré, uma pequena vila da região da Galiléia. O anjo foi levar uma mensagem de amor para uma jovem chamada Maria. Ela estava prometida em casamento a José e pensava em casar-se em pouco tempo. Ao ver o anjo, Maria ficou assustada. Mas o anjo falou com voz doce e ela o escutou:

-“Não tenha medo. Deus abençoou você de maneira especial. Você vai ter um filho e o chamará de Jesus. Ele será santo e todos saberão que ele é Filho de Deus”.

-“Como isso acontecerá se não tenho marido?” - perguntou Maria.

O anjo respondeu: “O Espírito Santo de Deus fará com que isso aconteça. Para Deus nada é impossível”.

Maria disse: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim a sua vontade”.

E o anjo foi embora.

Retirado do Livro Minha Bíblia – Ed. Paulus

Porque devo praticar o Jejum?

Neste caminho quaresmal rumo a Páscoa não é a toa que a Santa Mãe Igreja nos propõe os exercícios quaresmais de conversão Oração, Jejum e Esmola, pois ao vivermos estes três exercícios crescemos nas virtudes teologais da fé, esperança e caridade. Essa é a trilha básica para o caminho de santidade de todo o cristão, não somente por quarenta dias, mas para toda a sua vida.

Se a oração atinge o relacionamento do homem com Deus, o jejum o celebra no seu relacionamento com os bens criados na virtude da esperança. Ajuda-me a crescer na Virtude da esperança!

No seu relacionamento com a natureza criada, o homem é chamado a ser livre, a ser senhor da criação. Acontece porém, que muitas vezes se escraviza a ela. Por isso, a Igreja convida o homem a realizar um gesto de liberdade e de respeito em relação aos bens criados, através do rito do jejum.

O rito do jejum não vale pelo que é, mas pelo que significa. Na ação de comer e de beber é que o homem mais se apropria das coisas. Ele mesmo consome a comida; ele a faz tornar-se parte de si mesmo. Não só dela se apodera, mas muitas vezes, apoderando-se dela, a ela se escraviza. Por isso, o alimento e a bebida tornam-se símbolo de tudo quanto envolve o homem.

Jejuar é abastecer-se de um pouco de comida ou bebida. É estabelecer o correto relacionamento do homem com a natureza criada. A atitude de liberdade e de respeito diante do alimento torna-se símbolo de sua liberdade e respeito para com tudo quanto o envolve e o pode escravizar: bens materiais, qualidades, opiniões, idéias, pessoas apegos e assim por diante.

Temos mais. Jejuar significa fazer espaço em si. Fazer espaço para Deus, fazer espaço para o próximo, fazer espaço para os valores que permanecem. Jejuando, a Igreja evoca o Cristo jejuando quarenta dias no deserto, o Cristo em sua atitude de liberdade e de domínio sobre a natureza e sobre o mal. Evocando-o, torna-o presente hoje.

A Igreja constituí o prolongamento do Cristo livre, do Cristo rei da criação. A Igreja exercita e celebra a atitude de liberdade e respeito diante da natureza durante a Quaresma, para que os cristãos vivam sempre esta atitude de harmonia com a natureza, usando dos bens para o seu crescimento em Deus. Temos, portanto, um exercício de conversão.

O que é a Virtude da Esperança? Segundo o Catecismo da Igreja Católica.

§1817 A esperança é a virtude teologal pela qual desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a Vida Eterna, pondo nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos não em nossas forças, mas no socorro da graça do Espírito Santo. “Continuemos a afirmar nossa esperança, porque é fiel quem fez a promessa” (Hb 10,23). “Este Espírito que ele ricamente derramou sobre nós, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que fôssemos justificados por sua graça e nos tornássemos herdeiros da esperança da vida eterna” (cf. Tt 3,6-7).

§1818 A virtude da esperança responde à aspiração de felicidade colocada por Deus no coração de todo homem; assume as esperanças que inspiram as atividades dos homens; purifica-as, para ordená-las ao Reino dos Céus; protege contra o desânimo; dá alento em todo esmorecimento; dilata o coração na expectativa da bem-aventurança eterna. O impulso da esperança preserva do egoísmo e conduz à felicidade da caridade.

“Espera, ó minha alma, espera. Ignoras o dia e a hora. Vigia cuidadosamente, tudo passa com rapidez, ainda que tua impaciência torne duvidoso o que é certo, e longo um tempo bem curto. Considera que, quanto mais pelejares, mais provarás o amor que tens a teu Deus e mais te alegrarás um dia com teu Bem-Amado numa felicidade e num êxtase que não poderão jamais terminar” (Santa Teresa de Jesus, Excl., 15,3).

§2090 Quando Deus se revela e chama o homem, este não pode responder plenamente ao amor divino por suas próprias forças. Deve esperar que Deus lhe dê a capacidade de corresponder a este amor e de agir de acordo com os mandamentos da caridade. A esperança é o aguardar confiante da bênção divina e da visão beatifica de Deus; é também o temor de ofender o amor de Deus e de provocar o castigo.

Exerçamos na esperança em Deus o domínio dos nossos desequilíbrios no comer e no beber, diante dos bens matérias e da natureza. Quando não conseguimos controlar a boca, não conseguimos controlar também o nosso corpo e ficamos escravos daquilo que dá prazer à carne, a comida, a bebida e muitas vezes desembocam no desequilíbrio da sexualidade e afetividade. Peçamos ao espírito Santo o Dom do Domínio de si, da Temperança, da Fortaleza para que vencendo a nós mesmos consigamos vencer o pecado.

Daí-nos Senhor a graça de compreender a profundidade e viver o jejum, de renunciar aquilo que temos direito de comer ou de fazer por um bem muito maior. Daí-nos a graça da temperança de ter o controle dos nossos sentidos nas mãos para poder entregar ao Senhor. Daí-nos a graça de viver o jejum como uma verdadeira batalha espiritual

Padre Luizinho
Retirado do Blog da Canção Nova

3º Domingo da Quaresma - Domingo da samaritana

A história dos patriarcas e de suas lutas pela sobrevivência no meio do deserto serve de horizonte para João narrar este encontro de Jesus com a samaritana. Tal como os pais da fé, que ergueram poços e cisternas no deserto e tornaram a vida possível, Jesus é apresentado como o portador de um dom tão precioso como a água. Mas o texto usa, igualmente, outros simbolismos bíblicos, tal como a mulher infiel anunciada pelo profeta Oséias, figura do sincretismo e da idolatria religiosa da Samaria, ou as imagens da semeadura e da colheita como figuras do reino de Deus. Tudo isso culmina na profissão de fé que encerra o texto – “Nós cremos e conhecemos que este é realmente o Salvador do mundo” -, onde “crer” e “conhecer” têm a dimensão de experiência profunda de fé.

A samaritana torna-se, assim, símbolo do(a) catecúmeno(a) e do(a) discípulo(a) de Jesus, de quem aceita o dom que o Senhor oferece, e que realiza em seu itinerário aquilo que o Senhor profetiza: aquele que beber da água que eu lhe darei nunca mais terá sede, e a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna. O discípulo torna-se o adorador em espírito e verdade e, exatamente por isso, detentor de um dinamismo missionário e evangelizador, tal como a mulher samaritana que dizia para todos: “Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz: será que ele não é o Cristo?”. Esta mulher, no início do evangelho, evoca a pessoa de Maria Madalena, que, na manhã da ressurreição, trará para o mundo a boa notícia da páscoa de Cristo.

O batismo, neste domingo, nos é apresentado, não como algo acabado, mas como uma relação a ser construída, tal como o diálogo vivido entre Jesus e a samaritana, que se estende a muitos. Por isso, é melhor dizer que somos batizados, mais do que fomos batizados. Toda celebração que participamos, seja molhando nossas mãos na pia de água benta, seja participando de um rito de aspersão, deixamos que o símbolo da água nos conduza para dentro do mistério do nosso batismo. Ela nos aponta para o espírito que deve animar continuamente a nossa existência batismal: lembremos que, tal como a água, o espírito é derramado. Mergulhados na água - e a palavra “batismo” significa “imersão” e “mergulho” -, somos mergulhados no Cristo, em sua morte e ressurreição, celebrada e realizada em nós em cada assembléia litúrgica.

Retirado da Revista de Liturgia

Anunciação do Senhor

Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.

Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: "A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade."

Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:

"No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’" (cf. Lc 1,26-38).

Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: "Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade" (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.

Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: "Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco" (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:

"Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo".

Retirado do Blog da Canção Nova

Pai, espera por mim

Oração do filho pródigo

Pai, tu que me entregaste toda riqueza do teu Reino e todo amor do teu coração, não percas a paciência comigo, se acabei virando filho pródigo, ingrato e esquecido de tua bondade.

E quando me der na cabeça buscar uma terra distante ou um país longínquo, para fazer minhas tolas experiências fora da "casa paterna", eu te peço, Pai, que não me vires as costas, mas esperes por mim.

Quando eu ficar cansado de mim mesmo por não apreciar o dom da vida que me deste, e acabar arrastando minha juventude e minha existência na devassidão e na libertinagem, Pai ,espera por mim.

Quando eu for baratear a tua amizade, a tua graça e a aliança que assinaste comigo no Sangue de Cristo, por prazeres que jamais poderão substituir a beleza do teu amor nem aplacar os desejos ardentes do meu coração, Pai, espera por mim.

Quando a fome de pão bater à minha porta e a penúria de afeto assolar a minha vida, Pai, espera por mim.

Quando os falsos amigos se dispersarem e os parceiros de farra me abandonarem numa estrada de amargura, Pai, espera por mim.

Quando eu me reduzir a guardião de porcos ou a tratante de negócios escusos e indignos de um filho, Pai, espera por mim.

Quando meus sonhos de prazer e de grandeza se desfizerem e eu ficar na solidão, na presença apenas de mim mesmo e com medo de enfrentar o futuro, Pai, espera por mim.

Quando o desespero me levar a entregar-me à ladroeira, à droga, à violência e à humilhação da vadiagem, Pai, espera por mim.

Quando eu me decidir a levantar-me, arrependido de minhas loucuras e com saudade de tua casa que nunca deixou de ser minha, Pai, espera por mim.

E quando o desejo apaixonado de teu abraço invadir o meu coração e eu, apesar de minha ingratidão, for cobrar o beijo do teu perdão e da tua misericórdia, Pai, espera por mim.

Espera por mim, Pai, porque eu voltarei.

Pe. Virgilio, ssp
Retirado do Semanário Litúrgico-Catequético - O Domingo

O Batismo nas outras Igrejas

A Igreja Católica em relação ao Batismo celebrado em outras Igrejas no Brasil, considera:

I – Diversas Igrejas batizam, sem duvida, validamente; por esta razão, um cristão batizado numa delas não pode ser normalmente rebatizado, nem sequer sob condição. Essas Igrejas são:

a) As Igrejas Orientais (“Ortodoxas” que não estão em comunhão plena com a Igreja Católica romana, das quais, pelo menos, seis se encontram no Brasil),

b) Igreja Vétero-católica,

c) Igreja Episcopal do Brasil (“Anglicanos”),

d) Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB),

e) Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB)

f) Igreja Metodista.

II – Há diversas Igrejas nas quais, embora não se justifique nenhuma reserva quanto ao rito batismal prescrito, contudo, devido à concepção teológica que têm do Batismo – por exemplo, que o Batismo não justifica e por isso, não é necessário – alguns de seus pastores, segundo parece, não manifestam sempre urgência em batizar seus fiéis ou em seguir exatamente o rito batismal prescrito: também nesses casos, quando há garantias de que a pessoa batizada segundo o rito prescrito por essas Igrejas, não se pode rebatizar, nem sob condição. Essas Igrejas são:

a) Igrejas Presbiterianas,

b) Igrejas Batistas,

c) Igrejas Congregacionistas,

d) Igrejas Adventistas,

e) A maioria das Igrejas Pentecostais ( Assembléia de Deus, Congregação Cristã, Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Deus é Amor, Igreja Evangélica Petecostal “O Brasil para Cristo”),

f) Exercito da Salvação (este grupo não costuma batizar, mas quando o faz, realiza-o de modo válido quanto ao rito).

III – Há Igrejas de cujo Batismo se pode prudentemente duvidar e por essa razão, requer-se , como norma geral, a administração de um novo Batismo, sob condição. Essas Igrejas são:

a) Igreja Petecostal Unida do Brasil (essa Igreja batiza apenas “em nome do Senhor Jesus”, e não “em nome da Santíssima Trindade”),

b) Igrejas Brasileiras (embora não se possa levantar nenhuma objeção quanto à matéria ou a forma empregadas pelas “Igrejas Brasileiras”, contudo, pode-se e deve-se duvidar da intenção de seus ministros),

c) Mórmos (negam a divindade de Cristo, no sentido autentico e, consequentemente, o seu papel redentor).

IV – Com certeza batizam invalidamente:

a) Testemunhas de Jeová (negam a fé na Trindade)

b) Ciência Cristã ( o rito que pratica, sob o nome de Batismo, tem matéria e forma certamente inválidas),

c) Algo semelhante se pode dizer de certos ritos que, sob o nome de Batismo, são praticados por alguns grupos religiosos não cristãos, como a Umbanda.

Retirado do Livro Diretório Pastoral Litúrgico-Sacramental – Arquidiocese de Fortaleza

Como viver bem a Quaresma?

Já iniciamos o tempo da Quaresma e talvez você ainda não saiba como bem vivê-lo.

Então, vou dar algumas dicas para que você viva com intensidade este tempo tão propício para a nossa conversão.

Essas dicas são ensinadas pela Santa Igreja para que todos os cristãos se preparem para a Páscoa do Nosso Senhor. Vou tentar transpô-las para a vida do jovem que está disposto a viver esse Lance de Santidade.

No Catecismo da Igreja Católica, em seu parágrafo 540, está escrito que ‘A Igreja se une a cada ano, mediante os quarenta dias da Grande Quaresma, ao mistério de Jesus no deserto’. É com este coração, com o coração de Cristo no deserto que temos que viver este tempo.

"Agora é o tempo favorável, agora é o dia da salvação.” (2 Cor 6, 1-2). Um tempo favorável para a conversão, para ser santo!

É evidente que a vida do cristão é uma constante luta para vencer o pecado, para lutar pela santidade, para se converter e ganhar o céu. Mas a Igreja reservou este tempo para que pudéssemos viver esse propósito com mais intensidade, se preparando para a maior festa da Igreja que é a Ressurreição do Nosso Senhor!

A igreja ensina que este tempo é particularmente apropriado ‘aos exercícios espirituais, às liturgias penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade e missionárias)’. (CIC 1438) Isto se resume em três palavras, que são remédios contra o pecado: jejum, oração e esmola. Guarde-as bem, JEJUM, ORAÇÃO E ESMOLA!

Jejuar é abster-se de algo, de algo que você goste, não somente de alimentos, como chocolate ou refrigerante, mas também de programas de televisão, de internet... Você deve afastar-se de pelo menos uma coisa de que goste nestes quarenta dias, e se não der para afastar- se totalmente pelo menos em parte deve fazê-lo!

Oração é diálogo com Deus, e a quaresma é um tempo forte de oração, um tempo maior de silêncio, de ouvir a Deus, de entender os seus propósitos para as nossas vidas. Reserve um tempo maior para rezar, para estar com Deus, para escutá-lo. Se você não tem essa prática, de início não será muito fácil, até porque a oração é um combate, mas logo a oração se tornará prazerosa e você sentirá necessidade dela. Participe das Santas Missas! Reze com a Palavra de Deus, pois ela é viva e eficaz! (Hb 4, 12)

Esmola é obra de caridade, caridade é fazer algo gratuitamente, sem esperar nada em troca. Realize obras de caridade, viva a partilha, seja missionário, fale mais de Deus às pessoas, visite um hospital, retire as roupas que você não usa mais e que estejam em bom estado do seu armário e doe aos que necessitam... Se doe como o Cristo, maior exemplo de doação que já existiu, Cristo que assumiu a condição humana, embora não tenha vivido o pecado, para que a humanidade tivesse a Salvação.

Enfim jejum, oração e esmola! E Santa Quaresma a todos!
Tamu junto!

@Hugo_Luiz
Retirado do Blog Lance de Santidade

Jonas e o grande peixe – Jonas 1 e 2

Deus disse ao profeta Jonas: “Quero que você vá pregar na cidade de Nínive”. Jonas não quis ouvir a ordem de Deus e embarcou num navio em direção a Társis. Quando já estavam em alto-mar, Deus enviou uma grande tempestade. As ondas eram cada vez maiores e o barco estava prestes a naufragar. Todos os marinheiros estavam muito assustados. Cada um rezava ao seu deus. Jonas estava no porão e dormia profundamente. O capitão o encontrou e ordenou que invocasse também o seu Deus. Suspeitavam que aquela tormenta era um castigo divino e começaram a se perguntar quem seria o culpado. Jonas confessou que ele era o culpado e disse: “Peço que você me joguem no mar e verão como o mar se acalmará”.

Os marinheiros o jogaram do navio e imediatamente a tormenta cessou. Quando Jonas caiu na água, Deus enviou um grande peixe para o engolir. Dentro da barriga do peixe, Jonas passou três dias e três noites. Durante esse tempo, rezou e pediu perdão a Deus por ter contrariado a sua vontade.

Deus mandou o peixe à praia para que vomitasse Jonas são e salvo. Novamente Deus mandou Jonas pregar em Nínive. Ele obedeceu. Durante três dias, percorreu cada canto da cidade e anunciou sua destruição em quarenta dias. Os ninivitas ouviram o profeta. Arrependeram-se de todo o mal que tinham feito e Deus lhes perdoou.

Retirado do Livro Minha Bíblia – Ed. Paulus

Dinâmicas de grupo – Com que animal se parece

Esta dinâmica de autoconhecimento tem como objetivo fazer refletir sobre o fato de que todos transmitimos uma imagem às outras pessoas. Esta imagem é reflexo de nosso modo de ser, de nossas atitudes, de nosso comportamento... Somos, porém, conscientes desta imagem que transmitimos? A dinâmica pode ajudar a descobrir isso. Para iniciá-la são necessários os seguintes materiais: fita crepe e caneta. Cada um dos participantes é convidado a escrever como vê o outro se tivesse que usar o nome de um animal, mas em letra de forma, para que ninguém reconheça a letra do outro. Cada um pega quantos pedaços de fita quiser e escreve nomes de animais com os quais gostaria de descrever alguém do grupo. Deve-se ir escrevendo e colando nas costas da pessoa em questão o nome do animal com o qual quero descrevê-la. Cada um pode colocar quantos nomes quiser nas costas do outro, mas cada um deve colocar pelo menos um nome em cada um do grupo. Deve-se evitar que a pessoa em questão veja quem colocou tal nome em suas costas. O coordenador deve orientar para que cada um coloque os nomes dos animais que achar interessante, sem ficar copiando dos outros. Esta parte da dinâmica deve ser feita da forma mais descontraída possível, mas se o coordenador perceber que há um clima de falta de seriedade ou mesmo de avacalhação, deve intervir e pedir seriedade. Espera-se o tempo necessário para que todos tenham se expressado. Terminado isto, todos são convidados a sentar em circulo. Começando aleatoriamente, o coordenador chama uma pessoa para o centro, descola os adesivos que estão em suas costas e os coloca no chão. A pessoa em questão volta a sentar-se no seu lugar e é convidado a refletir sobre os nomes dos animais ali colocados. O coordenador deve dirigir a reflexão e partir de constatações, tipo: Há coincidências de nomes de animais ali colocados? Quantos nomes diferentes foram usados? O que significa tal animal? O grupo deve ser levado a participar da reflexão, mas de forma alguma a ficar praticando uma analise pessoal. Não deve ser feita nenhuma referencia à pessoa em questão, tipo, “eu acho que foi posto este animal, por que você faz isto ou aquilo”.

Terminada a analise de constatação e impessoal por parte do grupo, a pessoa em questão é convidada a pronunciar-se sobre como se sentiu, como acolheu os nomes colocados, se viu algo com surpresa, se achou interessante algum animal ali colocado... Dependendo da capacidade de abertura da pessoa no grupo ou da sua timidez, o coordenador pode facilitar atuando como moderador. Terminada a reflexão sobre uma pessoa, os nomes são arrancados de onde estavam colados e jogados fora. Outra pessoa então vai ao centro e se recomeça o mesmo exercício, até que todos tenham passado pelo centro. O coordenador deve estar atento para que o tempo de análise individual não seja muito longo – a menos que perceba que a pessoa esteja totalmente à vontade –, pois, afinal, ninguém gosta de ficar na berlinda. A dinâmica deve ser encerrada com uma reflexão geral da coordenação sobre o aprendizado de se viver em grupos, sobre como é importante ter consciência de que transmitimos uma imagem aos outros, sobre o fato de que nem sempre somos vistos pelos outros como imaginamos ou gostaríamos...

Retirado do Livro Dinâmicas para encontros de Grupos – Ed. Vozes

2º Domingo da Quaresma - Domingo da transfiguração do Senhor

Escrito sobre o pano de fundo do relato da conclusão da aliança no Sinai, no qual aparece o símbolo da shekiná para designar a presença e a habitação de Deus junto ao seu povo, o relato da transfiguração foi organizado para mostrar que Jesus, por sua paixão e ressurreição, é a nova shekiná, tenda e morada de Deus para os seus discípulos. Daí o jogo simbólico com o qual se tece o texto: Jesus resplende de luz; a nuvem cobre o monte tal como antes invadia a tenda da reunião; Moisés e Elias, figuras-símbolo da lei e dos profetas, se fazem presentes para atestar que Jesus veio completar a história da salvação. Mateus apresenta plasticamente aquilo que João, mais tarde, iria expressar poeticamente: “A palavra se fez carne, armou sua tenda entre nós e nós vimos sua glória”.

Como uma espécie de anúncio pascal antecipado, revelando e confirmando a identidade profunda de Jesus, o filho amado de Deus, o fato da transfiguração antecipa aos olhos dos discípulos a glória do Cristo e os encoraja em sua missão, mas não tira nada da radicalidade do seguimento. Jesus é servo e sua glória passa pela cruz. A palavra de ordem é seguir e ouvir. Neste caminho, há exigências radicais, envolvendo a entrega da própria vida. O relato da transfiguração aponta para o nosso destino vitorioso e nos ensina a não ter medo e a não fugir dos sofrimentos que a nossa missão exige. A glória revelada está em estreita conexão com a obediência à palavra. Escutar a sua palavra passa a ser a forma suprema de adorá-lo e reverenciá-lo. O caminho cristão é um caminho de seguimento e identidade com Jesus, de aprender com ele, de ser filhos no Filho. O discípulo, iluminado pela palavra do Cristo, torna-se um ícone vivo e permanente da glória do Senhor.

Na tradição das Igrejas, os catecúmenos são chamado de “iluminandos”, isto é, os que se deixam transfigurar pela luz que vem de Deus. Paulo aos romanos, assumindo este simbolismo batismal, fala da armadura luminosa que o discípulo deve vestir. Não é à toa que, na celebração do batismo, o(a) batizado(a) recebe a luz de Cristo. O símbolo da luz, presente em todas as celebrações da comunidade, aponta para este aspecto de nossa identidade cristã: em Jesus nos tornamos filhos e filhas da luz, para a glória de Deus Pai.

Retirado da Revista de Liturgia

Missa de São José

Toda a vida de Jesus foi orientada ao serviço de Deus, desde a sua mais tenra idade. O Evangelho evidencia este aspecto de sua identidade quando, ainda adolescente, deu a seus pais uma resposta enigmática: “Vocês não sabem que eu devo preocupar-me com as coisas do meu Pai?” Logo, sua atenção estava toda voltada para Deus, ficando, em segundo plano, sua família humana.

A arrogância não teve lugar no coração de Jesus. Em Nazaré, esteve submisso a seus pais. E “crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e daqueles com quem convivia”. Sua condição de Filho de Deus não o dispensou de fazer a penosa experiência de transformar o cotidiano em fonte de sabedoria, nem de estar continuamente atento para discernir a vontade do Pai nos mínimos fatos, aparentemente, sem importância. Esta foi uma exigência do mistério da encarnação. Seria pura incongruência se, tendo assumido nossa condição humana, o Filho de Deus fosse privilegiado por uma condição de vida que o dispensasse da busca cotidiana da vontade divina.

Nesta experiência de crescimento, Jesus contou com a presença solícita de seus pais. O Evangelho sublinha a atitude de Maria, que “guardava todas estas coisas no coração”. Entretanto, o mesmo pode ser dito de José. Afinal, exigia-se dos três a mesma fidelidade ao desígnio do Pai.

Quando a bondade divina escolhe alguém para uma graça singular, dá-lhe todos os carismas necessários, o que aumenta fortemente a sua beleza espiritual. Foi isso mesmo o que aconteceu em S. José, pai de nosso Senhor Jesus Cristo segundo a lei e verdadeiro esposo da Rainha do mundo e Soberana dos anjos.

O Pai eterno escolheu-o para ser o sustento e o fiel guardião dos seus principais tesouros, isto é, do seu Filho e da sua esposa; função que ele cumpriu com toda a fidelidade. Por isso, o Senhor lhe disse: “Servo bom e fiel, entra na alegria do teu senhor” (Mt 25,21).

Se comparares José a todo o resto da Igreja de Cristo, não vês que ele foi o homem particularmente escolhido, pelo qual Cristo entrou no mundo de uma maneira regular e honrosa? Se toda a Santa Igreja é devedora para com a Virgem Maria porque foi ela que lhe permitiu receber Cristo, após ela é a S. José que devemos um reconhecimento e um respeito sem igual.

Ele é, na verdade, a conclusão do Antigo Testamento: é nele que a dignidade dos patriarcas e dos profetas recebe o fruto prometido. Só ele possuiu na realidade o que a bondade divina lhes havia prometido. Não podemos certamente duvidar: a intimidade e o respeito que Cristo prestava a José ao longo da sua vida, como um filho para com seu pai, Ele não o pôde renegar no Céu; pelo contrário, enriqueceu-o e completou-o. Por isso o Senhor acrescenta: “Entra na alegria do teu Senhor”.

Espírito que orienta nossa vida para Deus, ajuda-me a crescer, cada dia, em sabedoria e graça, buscando, como Jesus, adequar minha vida ao querer do Pai.

Retirado do Blog da Canção Nova

Parabéns, Pe. Ivan!!!

Obrigado Senhor, pelo dom da vida de nosso querido Padre Ivan.

Todo cristão é chamado para servir. No entanto, para que o povo de Deus possa cumprir sua missão, Ele suscita em seu meio algumas vocações específicas, a do sacerdócio é uma delas. Deus chama alguém do meio do povo, para o povo. Um padre deve ser ao mesmo tempo, pequeno e grande, de espírito nobre e ao mesmo tempo simples.

Um padre deve ser discípulo de seu Senhor, chefe do seu rebanho; um mendigo de mãos largamente abertas, um portador de inumeráveis dons, um homem no campo de batalha, uma mãe para confortar os doentes, com a sabedoria da idade e a confiança de um menino; voltado para o alto, com os pés na terra.

Um padre deve ser experimentado no sofrimento, imune a toda inveja, que fala com franqueza e é inimigo da preguiça. Um padre é feito para alegria, é alguém que se mantém sempre fiel. Nossa Comunidade se alegra junto a sua família por este dia tão especial o seu aniversário.

Padre Ivan, conte com nossas orações e que Deus e Nossa Senhora de Fátima te abençoe todos os dias de sua vida.

Parabéns!!!

Paz e Bem!!!

Jejuar do mundo

A Quaresma é um tempo no qual vivemos a tensão para encontrarmos o equilíbrio certo, o momento exato, a fórmula 'mágica' para vivermos a tríplice ordem – jejum, esmola e oração. Sabemos que a Igreja nos ensina várias modalidades para mergulharmos nesta intimidade com Jesus por meio desses atos. Porém, ela não fecha em uma forma exata, dogmatizada, sobre como devemos praticar o jejum, a esmola e a oração.

Assim, para encontramos a medida certa precisamos ser criativos, sobretudo no que diz respeito ao jejum. Clemente de Alexandria, em sua criatividade, nos ensinou a “Jejuar do Mundo”, ou seja, a nos afastarmos das situações rotineiras que não nos colocam em comunhão com Jesus. Essas modalidades são chamadas extracanônicas (cf., Estromatas, II, 15: GCS 15,242).

Para explicarmos isso melhor recorremos à proposta de "Jejum do Mundo" ensinada pelo Frei Ranieiro Cantalamessa – pregador da Casa Pontifícia, no livro "Preparai os Caminhos do Senhor".

Segundo ele existe um tipo de mortificação possível a todos e, acima de tudo, benéfica, que é o jejum das notícias inúteis e das imagens do mundo. O religioso afirma que vivemos em um mundo no qual a comunicação em massa nos bombardeia com notícias, informações, propagandas, imagens que corroem a nossa vida espiritual.

Essas informações e imagens, presentes na televisão, na publicidade, nos espetáculos, nos jornais, nas revistas, na internet tornaram-se o veículo privilegiado para a expansão da ideologia mundana, consequentemente nos afastam da união com o Senhor. Podemos constatar isso na nossa vida, sabemos o quão difícil é nos recolhermos para rezar em meio a tanto "barulho". Um exemplo claro disso é quando acabamos de nos "encher" de algumas informações e vamos rezar, parece que não "desligamos", ficamos pensando no celular que poderá tocar, na notícia que acabamos de receber, na fofoca que ouvimos ou falamos, daquela bendita música – secular, que não sai da nossa cabeça –, enfim, levamos em nosso coração todos aqueles emaranhados de notícias que acabamos de ouvir e ver.

Portanto, não é possível encher os olhos, a mente e o coração com essas imagens e informações e depois querer rezar.

Frei Raniero afirma ainda que "o Reino de Deus tem as suas notícias eternas, sempre novas, a serem ouvidas, e, pelo fato de estarmos tomados pela paixão das notícias do mundo, não mais as compreendemos. Parecem-nos apenas coisas velhas superadas, não a proclamaremos com força, pois elas não vivem com força dentro de nós".

Podemos, dessa forma, em meio à rapidez das informações, dedicar nosso tempo gasto com a procura destas informações inúteis à oração, por intermédio do Jejum do Mundo, pois todo pequeno esforço pode se transformar em uma ocasião de encontro com Deus. Assim, desviando o nosso olhar da ilusão (cf. Sl 119,37), teremos acesso às notícias eternas, as quais somente os corações íntimos do Senhor podem ver.

Ricardo Gaiotti Silva
Retirado do Blog da Canção Nova

Práticas quaresmais em busca de uma vida nova

São vários os símbolos, as atividades e iniciativas humanas e religiosas que acompanham e enriquecem o tempo da Quaresma, no qual, como em toda preparação, já saboreamos de certa maneira a festa da Páscoa que virá. Por exemplo:

- A cor roxa, as cinzas e a cruz lembram o caráter de penitencia e conversão próprio deste tempo. A gravidade e o “luto” da Quaresma se manifestam também no visual do espaço celebrativo, sóbrio, despojado. Por isso, neste tempo se evita enfeitar o local das celebrações com flores.

- O jejum nos orienta a dar mais atenção á Palavra de Deus. Quando a gente faz jejum, a gente fica com fome. E a fome que sentimos pode simbolizar e evocar a fome que temos da Palavra de Deus.

- Ajudados pela Campanha da Fraternidade, intensificamos a prática da caridade, procuramos corrigir e aperfeiçoar, à luz da Palavra de Deus, nosso jeito como tratamos as pessoas e com elas nos relacionamos, sobretudo os mais pobres e sofredores, e como procuramos ajudá-los a viver com dignidade.

- Nesse tempo forte da vida da Igreja intensificamos nossa vida de oração, na forma de súplicas, pedidos de perdão, intercessão, agradecimentos, compromissos de fé, melhor participação na comunidade etc. É um tempo próprio para, nas comunidades, a gente participar de alguma celebração penitencial.

- Podemos expressar nossa vontade de participar da caminhada sofrida de Jesus, participando de procissões, Via-Sacra, círculos bíblicos etc.

- Expressamos o “clima próprio deste tempo forte da vida da Igreja também através da musica e do canto. Há uma musica própria e cantos que caracterizam este tempo, além do hino da CF. Para ajudar nesta vivencia, é aconselhável também que se evite na Quaresma o toque de instrumentos musicais. A não ser que seja para sustentar o canto. Fora disto, nada de musica instrumental, nem canto de “Glória” nem de “Aleluia”.

É importante que a comunidade tenha um ou mais jovens ou adultos que, tendo feito o pré-catecumenato e o catecumenato, realize a segunda etapa do Rito de Iniciação Cristã de Adultos. No primeiro domingo da Quaresma são realizados os ritos de eleição e inscrição do nome. O terceiro, quarto e quinto domingos são destinados aos escrutínios: oração sobre os eleitos, preces e exorcismos. Aí, se os eleitos estiverem preparados, podem ser feitas as Entregas: do Símbolo e da oração do Senhor.

Já que a Quaresma é um tempo especial, é evidente que as celebrações e festivas das comunidades, neste tempo, costumam ser muito bem preparadas. Quanto melhor for vivida a Quaresma, melhor será a festa da Páscoa.

Retirado do Livro Liturgia em Mutirão – Ed. CNBB

Sacramento do Batismo de Adultos

As crianças, entre sete e catorze anos, ainda não batizadas, devem ser preparadas para o batismo pela Pastoral Catequética. O batismo destas crianças deve ser conforme o rito de batismo de Adolescentes.

O Batismo de quem jê completou catorze anos deve obedecer ás diversas etapas previstas no “Rito da Iniciação Cristã de Adultos”. Cada paróquia, sozinha ou associada a outras, deve ter uma equipe especial para o acompanhamento nessas situações.

A preparação doa adultos para o Batismo compreende o período do Catecumenato com duração variada. Nessa preparação, eles devem receber uma adequada formação e participar dos atos litúrgicos previstos no “Rito de Iniciação Cristã de Adultos”. O final do Catecumenato poderá coincidir com o inicio do período quaresmal, durante o qual se deve intensificar a preparação espiritual dos batizandos.

É recomendável que a administração do batismo dos adultos se dê por ocasião da celebração da Vigília Pascal, estando presente a Comunidade paroquial.

O Batismo dos adultos, pelo menos daqueles que já completaram catorze anos, deve ser comunicado ao Bispo diocesano, que o administrará ele mesmo se o julgar conveniente.

Para ser batizado, o adulto deve manifestar a sua vontade em receber este sacramento; ser suficientemente instruído sobre as verdades da fé e as obrigações do cristão; ser exortado ao arrependimento dos próprios pecados.

Retirado do Livro Diretório Pastoral Litúrgico-Sacramental – Arquidiocese de Fortaleza

Saber divulgar

Quando eu era pequeno, gostava de passar as férias e feriados no sitio. Lá, costumavam contar uma parábola interessante sobre algumas galinhas. Havia um grupo de galinhas bem organizado. Elas formaram inicialmente uma cooperativa e, com o passar do tempo, possuíam um império econômico construído a partir da renda obtida com a venda de ovos.

Certo dia, uma das galinhas foi fazer uma visita a uma amiga pata. Lá viu grande pobreza. As patas enfrentavam dificuldades econômicas sérias. Era uma crise que durava já algum tempo. A galinha ficou intrigada com a situação, afinal, os ovos das patas são muito maiores do que os das galinhas, e deveriam valer muito mais.

De volta ao galinheiro, resolveu conversar com uma galinha mais experiente, que conhecia muito bem o negocio de venda de ovos.

- Não consigo entender por que as patas estão passando necessidades. Elas põem ovos muito maiores e mais nutritivos do que nós. Qual o problema com elas? – indagou.

A galinha mais experiente respondeu:

- O problema com as nossas amigas patas é a divulgação. Quando elas põem um ovo, quase não fazem barulho e assim ninguém fica sabendo. Nós, ao contrario, quando colocamos um ovo, saímos pelo sitio fazendo um verdadeiro escândalo. Todos ficam sabendo que colocamos um ovo. Essa é a diferença.

Para refletir

Todos sabemos que “a propaganda é a alma do negocio”. Precisamos anunciar bem os nossos produtos para que façam sucesso e tenham boa venda. Esse ensinamento, porém, não vale apenas para o marketing de um produto. Ele se adapta perfeitamente a nós mesmos, às nossas competências. Não basta sermos bons em algo, termos uma habilidade sensacional que nos faz o melhor em determinada função. Precisamos fazer com que as pessoas, especialmente a equipe ao nosso redor, saibam disso. Isso não é exibição, mas o reconhecimento de uma qualidade. Alem de fazer bem para a auto-estima, saber a quem recorrer em cada necessidade pode ajudar muito no trabalho em equipe. Isso sem falar do fato de que são as pessoas que mais se destacam na equipe, as que se expões mais, que normalmente são promovidas, são convidadas a assumir cargos de confiança e responsabilidade. Mostre os seus dons, faça com que todos saibam do que você é capaz. Anuncie, não vá querer ficar como as patas, que tem o melhor produto, mas não sabem divulgá-lo.

Para discutir

-Como você acompanha cada passo de sua equipe?

-Especificamente sobre o marketing pessoal, como você se sai?

Retirado do Livro Parábolas para a Liderança – Ed. Paulus

Que eu chegue a Ti

Que eu chegue a Ti, Senhor,
por um caminho seguro e reto,
caminho que não se desvie entre prosperidades ou adversidades,
de tal forma que eu Te dê graças nas horas prósperas
e nas adversas conserve a paciência,
não me deixando exaltar pelas primeiras,
nem abater-me pelas outras.


Que nada me alegre ou entristeça,
exceto o que me conduza a Ti ou de Ti me separe.
Que eu não deseje agradar ou não receie desagradar
a ninguém senão a Ti.
Tudo o que passa torne-se desprezível a meus olhos
por Tua causa, Senhor,
e que tudo que Te diz respeito me seja caro,
mas Tu, meu Deus, mais do que o resto.


Qualquer alegria sem Ti seja-me fastidiosa
e nada eu deseje fora de Ti.
Qualquer trabalho, Senhor, feito por Ti seja-me agradável,
e insuportável aquele em que estiveres ausente.
Concede-me a graça de erguer continuamente o coração a Ti,
e quando eu cair, reconhecer meu erro.


Tornar-me, Senhor, meu Deus,
obediente, pobre e casto,
paciente sem reclamação,
humilde sem fingimento,
alegre sem dissipação,
triste sem abatimento,
reservado sem rigidez
ativo sem leviandade,
animado pelo temor sem desânimo,
sincero sem duplicidade,
fazendo o bem sem presunção,
corrigindo o próximo sem altivez,
edificando-o com palavras e exemplos, sem falsidade.


Dá-me, Senhor meu Deus,
um coração vigilante
que nenhum pensamento curioso arraste para longe de Ti;
coração nobre que nenhuma feição indigna debilite;
coração reto que nenhuma intenção equívoca desvie;
coração firme que nenhuma adversidade abale;
coração livre que nenhuma paixão subjugue.


Concede-me,
Senhor meu Deus,
uma inteligência que Te conheça,
uma angústia que Te procure,
uma sabedoria que Te encontre,
a vida que Te agrade,
uma perseverança que Te espere com confiança
e uma confiança que Te possua,
enfim!


São Tomás de Aquino

Aparições de Nossa Senhora de Fátima - 3ª aparição do Anjo

Em Outubro de 1916, na Loca do Cabeço, no mesmo lugar da primeira aparição, o Anjo de Portugal repete o gesto da face no chão, recitando a mesma oração ensinada na primeira aparição. De repente, viram brilhar sobre eles um grande clarão.

“Erguemo-nos para ver o que se passava e vimos o Anjo, tendo na mão esquerda um cálix, sobre o qual está suspensa uma Hóstia, da qual caem algumas gotas de Sangue dentro do cálix. O Anjo deixa suspenso no ar o cálix, ajoelha junto de nós,

e faz-nos repetir três vezes:

- Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.

Depois levanta-se, toma em suas mãos o Cálix e a Hóstia. Dá-me a Sagrada Hóstia a mim e o Sangue do Cálix divide-O pela Jacinta e o Francisco, dizendo ao mesmo tempo:

- Tomai e bebei o Corpo e Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.

E prostrando-se de novo em terra, repetiu conosco outras três vezes a mesma oração: Santíssima Trindade…, e desapareceu”.

Retirado do Livro Memórias da Irmã Lúcia