26º Domingo do Tempo Comum - Domingo do escândalo dos pequenos


A 1ª leitura evoca a caminhada pelo deserto, quando os setenta anciãos são investidos com a força do Espírito e se tornam cooperadores de Moisés. Moisés reconhece a ação profética de Eldad e Medad apesar de não pertencerem ao grupo dos anciãos: Oxalá que todo o povo do Senhor fosse profeta.

A 2ª leitura exorta profeticamente a partilhar os bens com os necessitados, a não explorar os trabalhadores, privando-os do salário digno para viver.

No Evangelho, os discípulos ainda não se abriram à mensagem de Jesus. Eles tentam impedir a ação libertadora de alguém, apenas porque não pertencia ao seu grupo. Sua fé continua insuficiente para libertar do mal e cuidar dos doentes. Jesus ensina a acolher todos os que fazem o bem, dizendo: Não o impeçais. Quem não é contra nós está a nosso favor. A ação do Espírito de Deus é sem fronteiras e desperta as pessoas para gestos solidários, como oferecer um copo de água para beber. Jesus recompensa quem age em seu nome e exorta a não escandalizar os pequenos, que creem nele. O valor absoluto do Reino é simbolizado pelas imagens do pé, da mão e dos olhos. O ser humano todo é chamado a entrar no Reino de Deus, ou seja, na vida plena, assumindo opções coerentes com a mensagem libertadora de Jesus.

Revista de Liturgia

Santos Arcanjos, socorrei-nos!


Com muita alegria, a Igreja celebra, no dia 29 de setembro, a festa litúrgica dos santos arcanjos: Miguel (Quem como Deus), Gabriel (Força de Deus) e Rafael (Cura de Deus). Eles têm a função de cuidar de diversos aspectos da vida das pessoas, principalmente porque trabalham juntos para iluminar nossos caminhos. É sempre bom recorrer aos anjos quando estamos com um problema, em casos de urgências, perigo e sofrimento.

A presença dos anjos é muito simples e discreta. Somente no céu teremos a verdadeira noção do quantos eles nos guardam nesta caminhada. Fazem de tudo para nos levar ao Senhor e nos guarda das armadilhar do mal.

Peçamos, neste dia especial, a santa proteção dos arcanjos para não cairmos nas armadilhas e ciladas do demônio.

O combate é espiritual, porém, o que nos resta fazer é pedir sempre a guarda deles: “Quem é como Deus”- São Miguel, Rafael e Gabriel, rogai por nós.

Oração aos santos arcanjos

Ajudai-nos, ó grandes santos, irmãos nossos, que sois servos como nós diante de Deus. Defendei-nos de nós mesmos, de nossa covardia e tibieza, de nosso egoísmo e de nossa ambição, de nossa inveja e desconfiança, de nossa avidez em procurar a saciedade, a boa vida e a estima.

Desatai as algemas do pecado e do apego a tudo o que passa. Desvendai os nossos olhos que nós mesmos fechamos para não precisar ver as necessidades de nosso próximos e poder, assim, ocupar-nos de nós mesmos numa tranquila autocomplacência. Colocai em nosso coração o espinho da santa ansiedade de Deus para que não deixemos de procurá-lo com ardor, contrição e amor.

Contemplai em nós o Sangue do Senhor, que Ele derramou por nossa causa.  Contemplai em nós as lágrimas de vossa Rainha, que ela derramou sobre nós.

Contemplai em nós a pobre, desbotada, arruinada imagem de Deus, comparando-a com a imagem íntegra que deveríamos ser Sua vontade e Seu amor.

Ajudai-nos a conhecer Deus, a adorá-Lo, a amá-Lo e a servir-Lhe. Ajudai-nos no combate contra os poderes das trevas que, traiçoeiramente, nos envolvem e nos afligem.

Ajudai-nos para que nenhum de nós se perca e para que, um dia, estejamos todos jubilosamente reunidos na eterna bem-aventurança. Amém.

São Miguel, assisti-nos com vossos santos anjos;
Ajudai-nos e rogai por nós.
São Rafael, assisti-nos com vossos santos anjos;
Ajudai-nos e rogai por nós.
São Gabriel, assisti-nos com vossos santos anjos;
Ajudai-nos e rogai por nós.

As mudanças fazem parte da vida


No trabalho, em casa, nos relacionamentos e em todas as áreas da nossa vida as mudanças estão presentes. Por essa razão, não podemos nos fechar a elas de forma alguma. Quando nos abrimos ao novo de Deus, conseguimos enxergar a vida com um novo olhar; ao passo que quando nos fechamos e não aceitamos essa realidade, envelhecemos, ficamos endurecidos e não conseguimos conviver com o novo. Dessa forma ficamos presos ao passado.

A vida é dinâmica e, naturalmente, estamos propensos às mudanças. “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Rm 12,2).

Senhor, renova a nossa vida e dá-nos a graça de nos abrirmos ao novo que Tu tens para nós.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago

23 de Setembro - Dia de São Pio de Pietrelcina


Este digníssimo seguidor de S. Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887 em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione.

Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho.

Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu Anjo da Guarda estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, adotando o nome de "Frei Pio" e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento.

Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.

Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo.

Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por meio desse sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como "barba azul".

Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como "Casa Alívio do Sofrimento", que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação deste hospital se deu a 5 de maio de 1956.

Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos.

Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, na qual entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam.

Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu.

Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice.

Padre Pio dizia: "Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!"

São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!

25º Domingo do Tempo Comum - Domingo da disputa pelo primeiro lugar


A 1ª leitura mostra que o justo, perseguido e humilhado, mas defendido por Deus, prefigura Jesus que em sua morte é socorrido pelo Pai.

Na 2ª leitura, a verdadeira sabedoria, que vem do alto, edifica a comunidade.

No Evangelho, Jesus revela que seu messianismo se concretiza no serviço até a doação da própria vida: O Filho do Homem será entregue às mãos dos homens, e eles o matarão. Mas três dias após sua morte, ele ressuscitará. Os discípulos, preocupados em saber quem é o maior, não compreendem a mensagem do Messias sofredor. Querer ser o maior é ocupar o lugar de Deus. Cristo, com as predições da paixão, anuncia o caminho oposto através do despojamento e obediência até a morte na cruz. Sentado, como Mestre, ele proclama a novidade: Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos. Jesus exorta a transformar a ambição do poder em atitude de serviço. Jesus coloca uma criança no meio dos discípulos, abraçando-a com amor, pois a criança desprotegida de ambição, é modelo de simplicidade e acolhimento à boa nova de Cristo. O verdadeiro discípulo acolhe Jesus como o Messias Servo, que enfrenta a morte para comunicar a vida plena a toda a humanidade.

Revista de Liturgia

21 de Setembro – Dia de São Mateus


A Igreja celebra hoje, de forma especial, a vida de São Mateus apóstolo e evangelista, cujo nome antes da conversão era Levi. Morava e trabalhava como coletor de impostos em Cafarnaum, na Palestina. Quando ouviu a Palavra de Jesus: "Segue-me" deixou tudo imediatamente, pondo de lado a vida ligada ao dinheiro e ao poder para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã! 

Mateus era um rico coletor de impostos e respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. Encontramos no Evangelho de São Lucas a pessoa de Mateus que prepara e convida o Mestre para a grande festa de despedida em sua casa. Assim, uma numerosa multidão de publicanos e outros tantos condenados aos olhos do povo, sentaram-se à mesa com ele e com Àquele que veio, não para os sãos, mas sim para os doentes; não para os justos, mas para os pecadores. Chamando-os à conversão e à vida nova.

Por isso tocado pela misericórdia Daquele a quem olhou e amou, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro fazendo o bem. 

É no Evangelho de Mateus que contemplamos mais amplamente trechos referentes ao uso do dinheiro, tais como: 
"Não ajunteis para vós, tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem." e ainda:"Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." 

Com Judas, porém, ficou o encargo de "caixa" da pequena comunidade apostólica que Jesus formava com os seus. Mateus deixa todo seu dinheiro para seguir a Jesus, e Judas, ao contrário, trai Jesus por trinta moedas! 

Este apóstolo a quem festejamos hoje com toda a Igreja, cujo significado do nome é Dom de Deus, ficou conhecido no Cristianismo nem tanto pela sua obra missionária no Oriente, mas sim pelo Evangelho que guiado pelo carisma extraordinário da inspiração pôde escrever, entre 80-90 na Síria e Palestina, grande parte da vida e ensinamentos de Jesus. Celebramos também seu martírio que acabou fechando com a palma da vitória o testemunho deste apóstolo, santo e evangelista. 

São Mateus, rogai por nós!

24º Domingo do Tempo comum – Domingo do messias sofredor


No 3º cântico do Servo, 1ª leitura, o Servo acolhe a missão em meio às adversidades.

A 2ª Leitura nos mostra que a fé leva a aceitar a vontade Deus em cada aspecto da vida. Mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé pelas obras.

No Evangelho, Jesus, enquanto ensina nos povoados de Cesaréia de Filipe, manifesta sua identidade. O povo identifica Jesus com grandes personagens da tradição bíblica: João Batista, Elias, um dos profetas. Pedro, porta-voz dos discípulos, reconhece em Jesus o Messias (= ungido), o enviado de Deus, que realiza as esperanças de libertação, passando pelo sofrimento da cruz para chegar à glória da ressurreição. Os discípulos são orientados a manter silêncio, para evitar falsas interpretações sobre o messianismo de Jesus. Somente à luz da fé pascal, eles compreenderão a plenitude do mistério da revelação de Cristo, que culmina com sua morte e ressurreição. Assim, a identidade de Jesus, como Messias-Cristo, revela-se plenamente a partir do anúncio da Paixão: o Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado, morto e ressuscitar. Os que rejeitam Jesus, como o Messias sofredor, sua paixão, morte e ressurreição, opõem-se ao projeto de Deus. Professar que Jesus é o Cristo significa assumir adesão radical ao Mestre, que se entregou totalmente pela salvação da humanidade.

Revista de Liturgia

15 de Setembro - Nossa Senhora das Dores


"Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar!"

Assim, a Igreja reza a Maria neste dia, pois celebramos sua compaixão, piedade; suas sete dores cujo ponto mais alto se deu no momento da crucifixão de Jesus. Esta devoção deve-se muito à missão dos Servitas – religiosos da Companhia de Maria Dolorosa – e sua entrada na Liturgia aconteceu pelo Papa Bento XIII.

A devoção a Nossa Senhora das Dores possui fundamentos bíblicos, pois é na Palavra de Deus que encontramos as sete dores de Maria: o velho Simeão, que profetiza a lança que transpassaria (de dor) o seu Coração Imaculado; a fuga para o Egito; a perda do Menino Jesus; a Paixão do Senhor; crucifixão, morte e sepultura de Jesus Cristo.

Nós, como Igreja, não recordamos as dores de Nossa Senhora somente pelo sofrimento em si, mas sim, porque também, pelas dores oferecidas, a Santíssima Virgem participou ativamente da Redenção de Cristo. Desta forma, Maria, imagem da Igreja, está nos apontando para uma Nova Vida, que não significa ausência de sofrimentos, mas sim, oblação de si para uma civilização do Amor.

Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!

14 de Setembro - Exaltação da Santa Cruz


Nos reunimos com todos os santos, neste dia, para exaltar a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal do amor de Deus, por isso : 

"Nós, porém, pregamos um Messias crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os pagãos " (I Cor 1,23) 

Esta festividade está ligada à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus.

A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Graças a Deus a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos: "Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por nós suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore esplêndida bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna só tu foste achada". 

"Viva Jesus! Viva a Santa Cruz!"

Santa Cruz, sede a nossa salvação!

13 de Setembro: 5ª Aparição de Nossa Senhora


Rodeados por mais de 25 mil pessoas, e assediados por todos os lados com diversos pedidos, os Pastorinhos compareceram novamente na Cova da Iria, diante da típica azinheira, Nossa Senhora pousa os pés em meio a uma nuvem de luz, e diz:

“Continuem a rezar o terço para alcançarem o fim da guerra. Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus para abençoarem o Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia.

- Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, dum surdo-mudo…

Sim, alguns curarei; outros, não. Em Outubro farei o milagre, para que todos acreditem.”

E como de costume, começou a se elevar e desapareceu.

Retirado do Livro Memórias da Irmã Lúcia

Domingo da cura do surdo-mudo


A atividade de Jesus na 1ª leitura indica que a profecia messiânica de vida melhor para o povo se torna realidade no ministério de Jesus. O Messias prometido se revela abrindo os olhos dos cegos, os ouvidos dos surdos, soltando a língua dos mudos para que anunciem as maravilhas da salvação.

Na 2ª leitura, a adesão a Jesus Cristo impulsiona a superar todas as formas de privilégios, que conduzem à acepção de pessoas. Os pobres, por causa de sua fé, são ricos, herdeiros do Reino, objeto do cuidado especial de Deus e das bênçãos messiânicas.

As atividades misericordiosas de Jesus, realizadas em diversas cidades, revelam a presença do Reino de Deus. Um homem incapaz de ouvir, e que falava com dificuldade, é levado até Jesus para que lhe impusesse a mão. Como Mestre por excelência, ele coloca os dedos nos seus ouvidos e, com a saliva, toca-lhe a língua, para que se torne verdadeiro discípulo. As palavras do Mestre de Nazaré transformam a situação do surdo-mudo: imediatamente seus ouvidos se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade. Recordando o plano da criação, ouvir e falar são essenciais para acolher a palavra e responder através da proclamação de fé. A proibição para não divulgar o milagre está associada à identidade de Jesus, que será manifestada plenamente na cruz e na ressurreição.

Revista de Liturgia

08 de Setembro - O nascimento de Maria, a Virgem santa


Hoje, é comemorado o dia em que Deus começa a pôr em prática o Seu plano eterno, pois era necessário que se construísse a casa, antes que o Rei descesse para habitá-la. Esta “casa”, que é Maria, foi construída com sete colunas, que são os dons do Espírito Santo.

Deus dá um passo à frente na atuação do Seu eterno desígnio de amor, por isso, a festa de hoje, foi celebrada com louvores magníficos por muitos Santos Padres. Um livro de São Tiago, venerado desde o começo do cristianismo, nos traz alguns detalhes sobre a infância de Maria, ele afirma que os seus pais, Joaquim e Ana, não podiam ter filhos, até que em meio às lágrimas, penitências e orações, alcançaram esta graça de Deus.

De fato, Maria nasce, é amamentada e cresce para ser a Mãe do Rei dos séculos, para ser a Mãe de Deus. E por isso comemoramos o dia de sua vinda para este mundo, e não somente o nascimento para o Céu, como é feito com os outros santos.
Sem dúvida, para nós como para todos os patriarcas do Antigo Testamento, o nascimento da Mãe, é razão de júbilo, pois n’Ela apareceu no mundo a Aurora que precedeu o sol da justiça e Redentor da humanidade.

Nossa Senhora, rogai por nós!

Domingo da pureza do coração


Na 1ª leitura, os mandamentos são dons que libertam e asseguram a vida em plenitude na terra prometida.

A 2ª leitura convida a acolher com fé e docilidade a Palavra, que foi implantada em nós pelo batismo, assumindo as exigências éticas por ela implicadas. Sejam praticantes da Palavra, não meros ouvintes. Sem a prática da caridade com os necessitados, representados pelos órfãos e pelas viúvas, a religião fica sem sentido.

No Evangelho, Deus oferece a salvação gratuitamente a todos os povos e seus ensinamentos estão centrados no amor. Jesus, com palavras e ações, revela o caminho de fidelidade à vontade do Pai. Como Mestre, ele dedica a vida ao anúncio da Boa Nova do Reino, que liberta integralmente e torna as pessoas discípulas. Lembrando a tradição profética, o Filho de Deus afirma: Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim, pois abandona o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens. Com sua atuação, Jesus elimina a diferença entre puro e impuro, enquanto barreira que divide os povos e marginaliza as pessoas. Mostra que o verdadeiro culto, em espírito e verdade, consiste no mandamento do amor a Deus e ao próximo. As más ações e os vícios são consequências das opções humanas; afastam do autêntico relacionamento com o Senhor e todas as criaturas. Deus salva com sua graça, para que o ser humano permaneça em sua palavra.

Revista de Liturgia