Progredir em santidade: essa é a vontade de Deus!


São Paulo está exortando os cristãos de Tessalônica para uma vivência santa firmada e edificada na eleição do Senhor (cf. 1Ts 4,1-12). Ele ama aquela comunidade como um pai ama seus filhos e, na força desse amor, apela aos ensinamentos que ele junto com seus colaboradores ensinaram aqueles cristãos. Elogia a comunidade e afirma que eles já vivem num modo de proceder que agrada a Deus. Mas faz um apelo: “Progridais!”

Não adiantaria todo o ensinamento do apóstolo, todo o tempo gasto e doado em amor a cada um daqueles homens e mulheres, todo proceder agradável a Deus, se em algum momento o ardor se esfriasse e eles se acomodassem no ponto onde chegaram. Pouco a pouco tudo se esvairia e logo eles estariam fora da vontade do Senhor.

Progridais! Essa não é somente a ordem aos tessalonicenses, essa é a ordem do Senhor para cada um de nós hoje. Se a vontade de Deus é a nossa santidade, unido a essa vontade precisa estar o nosso ardor em alcançá-la, de não nos acostumarmos com o ponto onde chegamos, de não perdermos a tensão pela santidade que o próprio Espírito Santo gera em nossas almas.

Já diria uma antiga música: “camarão que dorme a onda leva!”. Por isso, precisamos entregar o nosso coração e a nossa inteligência às exigências da santidade que Deus deseja para nós. Precisamos ser firmes, decididos e lutar a todo o momento. Só assim conseguiremos ser homens que vivam no amor, que lutem por uma vida casta, que amem a verdade e que defendam a fé. Só assim seremos santos!

Contudo, progredir numa vida santa não é somente investir uma vida em “nãos”. Santidade começa com sim! Se a vontade de Deus é que sejamos santos, o primeiro passo da resposta é o meu sim a essa vontade. É o meu sim a Deus, a estar com Ele, a ser amigo Dele. Só assim posso ser santo. Só assim posso manter um coração abrasado, incomodado e sempre desejoso por mais, por coisas maiores, sempre progredindo até chegar ao céu.

Progridais e continueis progredindo cada vez mais em santidade. Essa é a vontade do Senhor. Tudo isso para que um dia, quando nosso Senhor Jesus Cristo voltar em glória, as nossas vidas mostrem o nosso sim ,mostrem que não o rejeitamos, que não desistimos, mas que lutamos até o último momento. Que ponto teremos alcançado? Eu não sei. O importante é que teremos lutado, insistindo e progredindo em santidade até aquele dia. Até o grande dia chegar. E quando Ele chegar, poderemos dizer: “Senhor, valeu a pena!”

Seu irmão,
Renan Félix

Ouvir o chamado de Deus


Deus, em Sua infinita bondade, concede-nos muitas qualidades. Por exemplo: há pessoas que têm uma bela voz, outras sabem liderar, outras são hábeis em escrever, algumas ainda discursam muito bem.

Tudo isso nos faz crescer pessoal e socialmente, trazendo um sentido mais profundo para a nossa vida: servir ao próximo. No entanto, muitas vezes, há aqueles que enterram aquilo que têm de melhor. Alguns subestimam seus próprios talentos ou não acham tempo nem lugar para aplicá-los. Há também pessoas que acreditam não fazer falta na obra.

Muitos, no entanto, abrem o coração e ouvem o chamado do Senhor por meio de diversos sinais, desde uma simples oração até uma palavra de sabedoria do irmão. É Deus nos convidando: “Segue-me” (Mc 5,27). Porém, poucos respondem a este chamado. Aí vem a pergunta de São Tiago: “De que aproveitará, irmãos, a alguém que tem fé se não tiver obras?” (Tg 2, 14). Sendo assim, é preciso ser como Isaías e dizer a partir de hoje: “Eis me aqui, envia-me”! Cantar como na música: “Eu tenho um chamado, jamais vou me calar!”. É realizando a vontade do Senhor que encontramos a verdadeira felicidade.

No Novo Testamento, há uma passagem que diz: “a vontade de Deus é a vossa santificação” (1 Ts 4,3).

No início da minha vida na Igreja, por exemplo, fui acolhido pela Pastoral da Música e comecei a cantar nas Missas dominicais. Depois de um tempo, senti que poderia doar mais. Iniciei minha participação na Pastoral da Comunicação. Hoje, faço parte de um grupo de oração chamado Jovens Sarados!

Ainda sinto o Senhor me chamando para águas mais profundas. Vejo-me na canção de Eliana Ribeiro: “Barco a vela solto pelo mar, indo aonde o vento do Senhor levar…” Também como na Palavra: “Eis a graça que o Senhor me fez, quando lançou os olhos sobre mim…” (Lc 1,23).

Termino dizendo: “Nada, nada, me fará voltar. Sou de Deus e já não me pertenço mais”, pois só em Ti encontro meu repouso, a verdadeira alegria e paz! Eis o meu breve testemunho.

Thiago Thomaz Puccini
Jovens Sarados - Missão Barra Funda

2º Domingo da Quaresma


Na 1ª leitura, a promessa da terra e de descendência numerosa orienta Abraão a seguir o caminho da fé obediente, que mantém a esperança no Deus da aliança, fiel à sua palavra.

A 2ª leitura ressalta que somos cidadãos do céu, chamados a viver a vida nova no Senhor ressuscitado.

No Evangelho, o episódio da transfiguração é narrado à luz da fé pascal, onde a glória de Jesus resplandece plenamente através da vitória sobre a morte. Moisés e Elias representam a Lei e os Profetas e já estão revestidos de glória, participando da nova condição. Pedro, João e Tiago testemunham que o caminho de Jesus realiza as promessas da salvação, em conformidade com a vontade de Deus. A conversa sobre a saída deste mundo, que Jesus iria consumar em Jerusalém, é o ápice desta revelação. O sono dos discípulos mostra a incompreensão diante do mistério de Cristo, o Messias sofredor, que passa pelo caminho da cruz para chegar à glória. Os discípulos compreenderão o sentido da saída, isto é, do êxodo, da passagem de Jesus da morte para a vida, após a ressurreição. Eles, representados por Pedro, necessitam ser iluminados pelo Senhor para testemunhar a fé a todos os que estão na planície. A voz do Pai, como no batismo, declara Jesus como Filho amado e convida a escutá-lo.

Revista de Liturgia

22 de Fevereiro - Dia da Festa da Cátedra de São Pedro


Festa da Cátedra de São Pedro. É com alegria que hoje nós queremos conhecer um pouco mais a riqueza do significado da cátedra, do assento, da cadeira de São Pedro que se encontra na Itália, no Vaticano, na Basílica de São Pedro. Embora a Sé Episcopal seja na Basílica de São João de Latrão, a catedral de todas as catedrais, a cátedra com toda a sua riqueza, todo seu simbolismo se encontra na Basílica de São Pedro.

Fundamenta-se na Sagrada Escritura a autoridade do nosso Papa: encontramos no Evangelho de São Mateus no capítulo 6, essa pergunta que Jesus fez aos apóstolos e continua a fazer a cada um de nós: "E vós, quem dizei que eu sou?" São Pedro, em nome dos apóstolos, pode assim afirmar: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus então lhe disse: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi nem a carne, nem o sangue que te revelou isso, mas meu Pai que está no céus, e eu te declaro: Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; eu te darei a chave dos céus tudo que será ligado na terra serás ligado no céu e tudo que desligares na terra, serás desligado nos céus".

Logo, o fundador e o fundamento, Nosso Senhor Jesus Cristo, o Crucificado que ressuscitou, a Verdade encarnada, foi Ele quem escolheu São Pedro para ser o primeiro Papa da Igreja e o capacitou pelo Espírito Santo com o carisma chamado da infalibilidade. Esse carisma bebe da realidade da própria Igreja porque a Igreja é infalível, uma vez que a alma da Igreja é o Espírito Santo, Espírito da verdade.

Enfim, em matéria de fé e de moral a Igreja é infalível e o Papa portando esse carisma da infalibilidade ensina a verdade fundamentada na Sagrada Escritura, na Sagrada Tradição e a serviço como Pastor e Mestre.

De fato, o Papa está a serviço da Verdade, por isso, ao venerarmos e reconhecermos o valor da Cátedra de São Pedro, nós temos que olhar para esses fundamentos todos. Não é autoritarismo, é autoridade que vem do Alto, é referência no mundo onde o relativismo está crescendo, onde muitos não sabem mais onde está a Verdade.

Nós olhamos para Cristo, para a Sagrada Escritura, para São Pedro, para este Pastor e Mestre universal da Igreja, então temos a segurança que Deus quer nos dar para alcançarmos a Salvação e espalharmos a Salvação.

Essa vocação é do Papa, dos Bispos, dos Presbíteros, mas também de todo cristão.

São Pedro, rogai por nós!

Deus, a Oração e o Tempo…


É difícil compreender como insistimos em dificultar, ou como arranjamos maneiras de dificultar o nosso crescimento em direção à Deus.

Temos o enorme desejo de crescermos, de amadurecermos, e trilharmos um caminho que nos ajude a chegar mais rapidamente à Deus, e assim podermos ser íntimos Dele.

Mas o problema não está certamente no desejo, pois acredito que eu e você queremos de verdade sermos mais de Deus; o problema está como traçamos isso para que se concretize em nossas vidas…

Inventamos diversas práticas para realizarmos este caminho, acumulamos “receitas e mais receitas” de como crescer na oração, e acabamos abandonando tudo pelo caminho…

Meus irmãos, é preciso que fiquemos com o essencial no que se refere ao crescimento em Deus e o crescimento para Deus. Em mais de 11 anos de Comunidade Canção Nova, Jesus continua a me ensinar que não existe um outro caminho para crescer se não for o caminho simples da oração, do dialogo franco e da superação das minhas misérias.

Somente a simplicidade da oração fará com que avancemos em direção à Deus. Não há outro caminho para se unir à Deus se não pela caminho da oração. Mas esse caminho exige de cada um de nós tempo para Deus!

Se queremos crescer em Deus e para Deus, precisamos DAR TEMPO à Ele! Se você descobriu outro caminho que não seja gastar tempo com Deus pela oração, por favor me avise.

Tornar-se maduro numa vida em Deus vai exigir de mim e de você um maior tempo de oração pessoal, um tempo maior na capela, tempo de meditação e reflexão da Palavra de Deus, tempo rezando o seu rosário, tempo para ir a Santa Missa; TEMPO DEDICADO À DEUS!

É claro que esse caminho pode e deve ser concretizado aos poucos e na fidelidade. Quero dizer: É melhor voce ser fiel todos os dias em 20 minutos com Deus, do que um dia rezar por duas horas e ficar uma semana sem rezar nada….Mas esse é um caminho que você vai perceber que quanto mais você reza, mais você quer rezar! Porque provavelmente você também já percebeu que quanto você menos reza, menos você quer rezar….

Finalizo dizendo que na minha experiência não tenho descoberto outro caminho se não o da oração que exige de mim TEMPO PRA DEUS…

Deus o abençoe!

Danilo Gesualdo

É tempo de lutarmos pela nossa família


Tudo tem um começo na vida, não é mesmo? Nós também fazemos parte desta regra. Um dia eu e você fomos sonhados e, num ato de amor e carinho, fomos concretizados. Que benção! Eu estou falando do amor que flui quando Deus permite a união de um homem e uma mulher, a fim de que não sejam senão uma só carne.

É deste gesto de amor e deste constante movimento de ir e vir em direção ao outro que nasce a família, lugar sagrado, alicerce essencial para que homens e mulheres sejam formados e lapidados à imagem e semelhança de Deus.

Jesus poderia ter vindo, neste mundo, de tantas maneiras, mas escolheu vir no seio da família. Experimentou todas as etapas e as viveu com profundidade, aproveitando cada simples gestos de seus pais que, aos poucos, iam formando-O e preparando-O para a missão que recebeu do Pai.

Assim é a missão da família: preparar uns aos outros para o céu.

Na família é gerado o combatente dos dias atuais para lutar pela vida, pelo amor e pela santidade!

Família é rocha firme que nos abriga em meio às tempestades da vida e nos encoraja diante dos mais terríveis obstáculos aos quais precisamos ultrapassar. Se não vivermos a experiência de ser família, estaremos como que alicerçados sobre a areia.

Pare agora e reflita por um instante. Como anda o relacionamento, hoje, em sua casa, com o seu marido, com a sua esposa, com os seus filhos, com os seus pais? Há amor? Há carinho? Há perdão? Ou só está havendo desentendimento e desunião?

É tempo de nos levantarmos e lutarmos pelo tesouro que Deus nos confiou: a nossa família!

Não perca tempo remoendo o passado nem tenha medo do que acontecerá no futuro. Deus está se predispondo a ir contigo, a ganhar território e fincar a bandeira do amor, da paz e da alegria em ser família! Aleluia!

Deus os abençoe!

Vagne Bittencourt

Confiar sempre


Ela o segurava nos braços debaixo de um sol forte e em meio à agitação própria da cidade grande, ele dormia sereno e calmo, pois estava seguro de que nada poderia atingi-lo. Esta cena não faz parte de um filme, é real e apesar de a ter contemplado há algum tempo, ainda hoje me recordo claramente dela. No ponto de ônibus, uma mãe, com ar de preocupada, segurava seu filho nos braços enquanto mantinha os olhos fixos nos ônibus que chegavam e saíam sem parar. Um deles poderia ser o seu e ela não poderia nem sequer pensar em perdê-lo. Observei que, apesar da agitação própria do local e da preocupação aparente da mãe, a criança dormia tranquila e sossegada. Sem palavras parecia dizer: "Nada temo, pois os braços que me seguram são de alguém que me ama".

Naquele dia, a cena, foi um pretexto para Deus falar comigo. Já observou que quando não paramos para ouvir a voz de Deus por meio da oração Ele nos fala pelos fatos? No meu caso, eu estava vivendo um tempo de muita correria no trabalho, já não conseguia rezar como antes e queria resolver todas as coisas com minhas forças. Quando ocupamos o lugar de Deus é isso que acontece. Com aquela situação, o Senhor foi me mostrando que eu precisava confiar mais no amor d'Ele. Precisava viver a atitude daquela criança, ou seja, abandonar-me. Na verdade, precisava amá-Lo mais e deixar-me amar por Ele, pois só confia quem verdadeiramente ama, e quem ama consequentemente confia.

E mais: Deus Pai abriu meus olhos para eu perceber que a raiz da minha agitação era também falta de amor-próprio e má interpretação do Seu amor por mim. Eu estava me comportando como serva de Deus e não como Sua filha. E isso faz uma grande diferença em nossa vida como cristãos. O próprio Senhor disse em Sua Palavra: “Já não vos chamo servos, mas amigos [...]” (João 15, 15). Ou seja, o Senhor nos elegeu, nos amou, não quer apenas o nosso serviço, mas nosso amor. Isso é próprio de uma relação de amizade. Amamos e somos amados, e o amor vai além do fazer.

Hoje, por providência, contemplei uma cena semelhante e lembrei-me das lições de outrora. Já não estou tão agitada como antes, vivo uma fase diferente. Mas uma coisa é certa: preciso continuar na escola da confiança. Devo aprender mais de Deus na matéria do amor. "O amor lança fora todo temor, é paciente, tudo suporta, tudo crer, tudo espera [...]" (I Coríntios 13,4-7). É por isso que quem ama confia!

Quanto mais amamos a Deus e nos deixamos envolver por Sua misericordia, tanto mais vamos encontrando a harmonia que tanto desejamos. E que muitas vezes buscamos nas pessoas, nos cargos, no poder, no ter ou de tantas outras formas aparentes de segurança neste mundo.

O abandono é, antes de tudo, uma atitude de confiança, fruto da maturidade, e a maturidade não se alcança de uma hora para outra, é preciso ter paciência com o tempo, dar passos e superar os obstáculos. É por isso que quem já teve sua fé provada, tem mais facilidade em confiar em Deus, tem forças para ir mais longe mesmo quando tudo parece perdido.

Aquela criança provavelmente se sentia amada, por essa razão as circunstâncias não a impediam de confiar e repousar tranquilamente no regaço acolhedor de sua mãe.

São Francisco de Sales faz uma interessante comparação, quando fala da alma recolhida em Deus. De fato, diz ele; "[...] os amantes humanos contentam-se, às vezes, em estar junto da pessoa a quem amam, sem lhe falarem nada e sem nem sequer pensar em outra coisa que não seja estar ali... Sentem-se amados e isso basta. É assim que acontece com a alma que se entrega aos cuidados do Criador. Repousa sossegada, mesmo em meio aos constantes desassossegos que vive no dia a dia".

Compreendo, cada vez mais, que a experiência do abandono em Deus passa pela descoberta do Seu amor incondicional por nós.

Peço ao Senhor que hoje lhe permita viver esta experiência e o cure profundamente de toda falta de amor, devolvend-lhe a serenidade e a paz, fruto da confiança n'Ele.

Assim como a mãe segura em seus braços o filho amado, Deus hoje o segura, não tema. Nos braços do Pai nada poderá atingi-lo, e quem ama confia.

Dijanira Silva

1º Domingo da Quaresma


Na 1ª leitura, a memória das maravilhas realizadas pelo Senhor em favor do povo, sobretudo a libertação da escravidão no Egito, é uma profissão de fé que motiva as oferendas e a adoração.

A 2ª Leitura nos mostra que, Jesus ressuscitado é a Palavra viva, que está perto, na boca e no coração.

No Evangelho, Jesus, proclamado Filho amado pelo Pai no batismo, prepara-se para a missão. Quarenta dias é tempo simbólico que lembra os anos de Israel no deserto, a permanência de Moisés no Sinai e a caminhada de Elias até o Horeb. Pleno do Espírito Santo, ele enfrenta o embate com as propostas do tentador, contrárias ao plano divino da salvação. Em meio à realidade da fome, Jesus confia no Deus Pai que sustenta a vida com generosidade. Vence a provação com a força da Palavra, recordando a experiência do povo da aliança: Não só de pão vive o homem; Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele prestarás culto. Em Jerusalém, onde completará seu êxodo, o tentador lança mão da Escritura para desviar Jesus do caminho. Ele supera a provação, afirmando que Deus não deve ser colocado à prova. Ao longo do ministério, Jesus continuará a se defrontar com os poderes de satanás, derrotando-o com a oração e a confiança no Pai. Na hora da paixão, o poder das trevas atuará, levando Jesus à morte. Mas nesse momento se revelará a vitória definitiva do Messias, o Filho e Servo, como o paradigma da nova humanidade.

Revista de Liturgia

Quaresma, um novo recomeço


A grande beleza do caminho da Quaresma é chegar à Pascoa renovados. Para isso é preciso uma decisão interior.

Nesse tempo, Jesus nos convida a amadurecermos nosso coração e olharmos para trás, a fim de ver que caminhamos em busca da perfeição e conseguimos alguma conversão.

Este tempo sempre tem algo novo. Assim, vamos continuar com as mesmas características, porém podemos viver uma conversão a partir da decisão interior.

Para recomeçar a caminhada em Deus, primeiramente precisamos nos levantar diante da queda, pois o demônio age de duas formas: na fraqueza e na fragilidade; depois disso, ele continua pisando  em nós para que continuemos caídos. Por isso temos de continuar firmes em Deus.

Fale para Deus: "Senhor, que mesmo diante das dificuldades, com Sua graça, eu possa me levantar”.

“E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: 'Filho, perdoados estão os teus pecados” (Marcos 2,5).

O Senhor vê o esforço que fazemos para nos encontrarmos com Ele, porque nossa alma anseia por Seu amor.

Muitas vezes, não temos fé nem trilhamos o caminho de santidade. Nesse tempo, somos jogados de um lado para o outro, mas não podemos viver assim, porque temos de amadurecer e buscar nosso Deus para que possamos permanecer firmes n'Ele.

Contudo, às vezes, perdemos a oportunidade de alicerçar nossa vida em Jesus Cristo. Ele é a medida para tudo.

Se temos uma fé adulta e madura, é porque estamos firmes na amizade com Cristo, pois o Cristianismo não é outra coisa senão um encontro com Deus, por isso precisamos colocá-Lo na nossa vida, no nosso trabalho e na nossa família. Ele é o centro de todas as coisas.

É preciso crer em Jesus, e para isso temos de ter um encontro com o Senhor, para que Ele possa resgatar nossas famílias.

Na nossa vida, muitas vezes, temos "paralisia interior", ou seja, a alma já não sente nada, estamos sem emoção, sem fé. Temos de ter a coragem, nesta Quaresma, de nos decidirmos, interiormente, para que possamos crescer e progredir no Senhor. Portanto, se buscamos Deus e estamos inundados de Seu amor, temos de ter forças para levar a Luz para nossa casa e para o mundo. Afinal, o demônio nos aprisiona nos pequenos pecados como a inveja, o palavrão. É preciso buscarmos a reconciliação e a confissão. Neste tempo de Quaresma, Jesus quer nos podar para que possamos crescer e amadurecer em Cristo e, assim, dar mais frutos.

Se, neste tempo, Jesus caminhou 40 dias no deserto, vamos trilhar o caminho junto com Ele, pois precisamos ter a coragem de sermos melhores. Neste ano, façamos o propósito de melhorar no casamento e na família. Temos que pedir forças ao Senhor para cumprir nossas metas, porque, assim, teremos coragem de levantar e sair do comodismo para que Jesus Cristo possa renovar nossa vida.

Senhor, dê-nos a graça de levantar e sair do nosso comodismo!

Emanuel Stênio
Missionário da Canção Nova

Quarta-Feira de Cinzas


A festa mais importante do ano, a celebração do acontecimento central e máximo de toda a história da humanidade é a Páscoa. E porque ela é tão grande, merece uma preparação à altura. Começa na “Quarta-Feira de Cinzas” a nossa preparação para a Páscoa.

E como inauguramos esta preparação? Colocando cinza sobre a nossa cabeça, como sinal de penitência, isto é, como sinal de que estamos dispostos a nos alinharmos no caminho de Deus com seu projeto de justiça e paz para todos. Além disso, passamos esse dia fazendo jejum, também como sinal de penitência.

Serão então quarenta dias de preparação: Quaresma. A Campanha da Fraternidade, enfocando um problema social que mais aflige a sociedade, à luz da Palavra de Deus vai nos ajudando na preparação para a Páscoa.

Quarta-Feira de Cinza! Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que acolhe nossa penitência, nossa conversão, isto é, o reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais, pecadoras. Conversão que consiste em crer no Evangelho, isto é, aderir a ele, viver segundo o ensinamento do Senhor Jesus. Numa Palavra, trata-se de entrar no caminho pascal de Jesus. “Convertei-vos, e crede no Evangelho”: é o convite que Jesus faz.

Esta Palavra, a gente ouve, recebendo cinzas sobre a nossa cabeça. Por que cinzas? É para lembrar que, de fato somos pó! A fé em Jesus ressuscitado faz com que a ida renasça das cinzas. Quando o ser humano reconhece sua condição de criatura realmente necessitada da ação de Deus, em Cristo e no Espírito, então Jesus Cristo faz brotar vida de nossa condição mortal. Reconhecer-se assim, é entrar na atitude pascal, isto é, de passagem com Cristo da morte para a vida. Esta páscoa, a gente vive na conversão, através dos exercícios da oração, do jejum e da esmola ou partilha de bens e gestos solidários, no espírito do Sermão da Montanha.

Páscoa que celebramos na Eucaristia, pela qual aclamamos Deus como aquele que, acolhendo nossa penitência, corrige nossos vícios, eleva nossos sentimentos, fortifica nosso espírito fraterno e, assim, nos dá a graça de nos aproximarmos do seu jeito misericordioso de ser, e nos garante uma eterna recompensa.

Por isso que o sacerdote, em nome de toda a assembléia, canta na Oração Eucarística: “Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso..., vós acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória. O jejum e abstinência que praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia, repartindo o pão com os necessitados... Pela penitencia da Quaresma, vós corrigis nossos vicio, elevais nossos sentimentos, fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa”.

Junto com a oferta total de Cristo ao Pai, pelo Espírito Santo, na Liturgia eucarística, une-se também a oferta de nossa penitência quaresmal. E Deus, por sua vez, nos recompensa com o Corpo entregue e o Sangue derramado de seu Filho Jesus, na santa comunhão.

Que o Cristo pascal nos ajude, para que o nosso jejum seja realmente agradável a Deus e nos sirva de remédio para a cura dos nossos vícios. E assim possamos celebrar dignamente a santa páscoa de Cristo e nossa Páscoa.

Retirado do Livro Liturgia em Mutirão – Ed. CNBB

Bento XVI anuncia sua renúncia como Papa


O Papa Bento XVI anunciou nesta segunda-feira, 11, que vai renunciar à sua função como Papa no dia 28 de fevereiro. Veja abaixo o texto integral do anúncio:

Caríssimos Irmãos,

"Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus".

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.


Acenda a Vela da Saúde


11 de Fevereiro - Dia de Nossa Senhora de Lourdes


Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje.

“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.

Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.

Isso aconteceu após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Deus quis e Sua Providência Santíssima também demonstrou, dessa forma, a infalibilidade da Igreja. Que chancela do céu essa aparição da Virgem Maria em Lourdes. E os sinais, os milagres que aconteceram e continuam a acontecer naquele local.

Lá, onde as multidões afluem, o clero e vários Papas lá estiveram. Agora, temos a graça de ter o Papa Bento XVI para nos alertar sobre este chamado.

Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!

5º Domingo do Tempo Comum


O relato da vocação de Isaías, na 1ª leitura, salienta a iniciativa do Senhor, três vezes santo, cuja glória resplandece na terra. Com a purificação dos lábios Isaías torna-se apto a assumir a missão profética: Aqui estou! Envia-me.

 A 2ª leitura é a síntese da profissão de fé cristã: Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado e ao terceiro dia ressuscitou.

Jesus chama os primeiros discípulos em meio a uma pesca milagrosa. Os pescadores lavam as redes, desanimados, pois haviam trabalhado a noite inteira sem êxito. O Mestre sobe no barco de Simão, senta-se e ensina às multidões, sedentas da Palavra de Deus. Ele ordena a avançar para as águas mais profundas e lançar as redes para a pesca. Simão, como bom pescador, sabia que o tempo adequado para a pesca era à noite. Mas, ele confia na palavra do Mestre e lança as redes, junto com todos os que estão no barco. A quantidade enorme de peixes sublinha que a eficácia da missão é obra do Senhor agindo através dos discípulos. A pesca maravilhosa leva a reconhecer e a professar a fé em Jesus como Senhor, título atribuído ao Ressuscitado. O discípulo reconhece a própria fragilidade e abre-se à ação da graça divina. Não tenhas medo! De hoje em diante serás pescador de homens. A resposta é radical: Deixaram tudo e seguiram Jesus.

Revista de Liturgia

Restaura a nossa casa, Senhor


Para que nossa casa seja restaurada é preciso deixar Deus habitar nela. Mas o Senhor não pode simplesmente estar na nossa casa, é preciso que O deixemos edificá-la e participar da nossa família.

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Salmo, 127).

Se Deus não for nosso alicerce, um dia nossa casa cairá. Para que isso não aconteça, é preciso chamar o Senhor para participar e estar à frente de todas as coisas.

A nossa casa e nossos filhos, em primeiro lugar, precisam de Deus.

Devemos ter coragem de desligar a TV, o computador, o vídeo-game e conviver com nossa família em um jantar para conversar, rir e dar atenção para aqueles que moram conosco. Precisamos, de fato, fazer a nossa parte e convidar Jesus para nos guiar.

Para que possamos viver em harmonia, na nossa casa, é preciso que, primeiramente, pai e mãe busquem o Senhor, sejam exemplos para os filhos. Deixemos Jesus Cristo ser o centro do nosso coração!

Sem Deus não conseguimos unir e restaurar a nossa família. Somente a terapia não adianta; é necessário ter o desejo de buscar o Senhor. Temos de dar a Ele o Seu lugar, a fim de que seja o primeiro em tudo.

“Bem-aventurado aquele que teme o Senhor e anda nos seus caminhos” (Salmo 128).

Uma família que vive nos mandamentos de Deus é feliz e satisfeita.

Muitas pessoas começam uma família preocupadas com festas, mas não pensam em confissão. Antes de qualquer coisa, precisamos nos reconciliar com nossa história para que possamos romper todo o negativismo do passado e possamos começar bem. Então, é preciso que Deus participe da nossa vida desde do início do namoro, do noivado e do matrimônio, pois o que nos mantêm firmes é Seu profundo amor.

Se o casamento não está bem, é possível a restauração. Para isso é preciso vivermos os mandamentos de Deus e seguirmos os Seus caminhos, pois enfrentamos muitas tribulações.

Deixemos Deus habitar nossa casa, pois, quando passamos pela dor, Ele está sempre ao nosso lado, ajudando-nos a superá-la. Contudo, em meio à tribulação, é preciso acreditar sempre que o Senhor está ao nosso lado, porque sem Ele não temos força. A superação vem d'Ele. Deixemos o Senhor participar da nossa casa!

Não podemos perder a esperança diante dos problemas; consultemos a Bíblia e convidemos Deus para estar ao nosso lado. Não podemos deixar que nossos filhos cresçam sem perceber que Deus participa do nosso lar.  Temos de levar para nossa casa os valores do Céu.

A primeira herança que devemos deixar para os nossos é o Senhor, mostrando a importância d'Ele na nossa vida.

Você já parou para refletir quais são os valores que tem deixado entrar na sua casa e na vida dos seus? Os valores e as coisas que temos deixado entrar na nossa vida precisam remeter para Aquele que está na nossa casa: Deus!

Se o Senhor não nos ajudar a construir nosso lar, é inútil o cansaço dos pedreiros. Afinal, temos de deixar Deus participar da nossa vida.

Se não paramos para rezar e ler a Palavra do Senhor, corremos o risco de nos perdemos e sufocarmos. Ao lado d'Ele nosso olhar muda e começamos a ter a visão dos problemas com os olhos de Jesus.

Salette Ferreira

Deus não o fez triste


Você é um homem de Deus, você é uma mulher de Deus. Quando estamos com o Senhor, queremos descobrir o que Ele tem de bom para nós. Se você buscar por Ele, nunca ficará perdido. Você pode dizer que houve momentos na sua vida em que ficou perdido, mas Deus o encontrou.

“Desde o princípio Deus criou o ser humano e o entregou às mãos do seu arbítrio, acrescentou-lhe seus mandamentos e preceitos e a inteligência, para fazer o que lhe é agradável. Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás. Diante de ti, ele colocou o fogo e a água; para o que quiseres, tu podes estender a mão. Diante do ser humano estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir. A Sabedoria do Senhor é imensa, Ele é forte e poderoso e tudo vê. Os olhos do Senhor estão voltados para os que o temem; Ele conhece todas as obras do ser humano. Não mandou ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença para pecar” (cf. Eclesiástico 15, 14-21).

Toda transformação em nossa vida tem que partir da verdade, que é o ponto para a transformação, para a vida nova. Quando você busca o Senhor, Ele ilumina seu caminho, e a sabedoria passa a visitá-lo de maneira nova. Quem busca o Senhor nunca fica perdido, porque Ele mostra por onde se deve caminhar.

Existe um caminho infalível para a felicidade. A pessoa que coloca em prática a Palavra de Deus é resguardada; este é o caminho infalível para a felicidade. Não adianta saber, é preciso querer fazer a coisa certa. A pergunta que deve acompanhar você é: “Estou fazendo a coisa certa? Nesta minha vida tão curta, estou sendo agradável Àquele que me criou?”.

Peça a Deus o que você quiser, mas saiba que quem manda na sua vida é Ele, pois, do contrário, você será o deus e não Ele. É o Senhor quem governa a nossa vida, basta nos lembrarmos disso para que nossos fardos se tornem mais leves.

Já parou para pensar que, talvez, você seja o grande meio para salvar as pessoas que convivem contigo? É a sua missão. Imagine se você estivesse nesse mundo só para se realizar e ser feliz. Sua vida seria um fracasso! Quanta coisa difícil você já experimentou e teve de superar! Quem quer só se realizar, diminui muito o que é a vida. Os grandes homens descobriram que o sentido da vida é servir a Deus e por causa d'Ele servir aos outros.

Quantas pessoas você conhece que se tornaram infelizes, porque a vida delas era se preocupar com elas mesmas? Quanta gente você conhece que se tornou infeliz, porque se fechou em seu passado, vive dos restos que não voltam mais, está presa nas lembranças e não consegue avançar?

São João da Cruz diz: “Não importa se o passarinho está amarrado com uma corrente de aço ou um barbante, ele nunca vai voar”. Essas coisas que, no seu passado, foram românticas e bonitas, mas que o prendem a ele, não irão voltar. Às vezes, as pessoas fazem de tudo para avançar, mas a vida delas não deslancha. Por que não? Porque o coração está amarrado a um fato do qual elas não se libertaram, não avançaram. Você precisa se desamarrar do passado que o prende na tristeza.

Deus não o fez triste, a sua tristeza não é agradável a Ele. Você não é, nunca foi e nunca será uma pessoa triste, porque o Senhor não o fez assim. Você pode estar entristecido, mas se lavar o seu passado com o perdão, ficará livre desse mal.

Você não pode deixar que a paixão vivida no passado o impeça de viver um novo amor. Não deixe que uma paixão do passado continue destruindo seu relacionamento.

Márcio Mendes

4º Domingo do Tempo Comum


Jeremias, na 1ª leitura, confia no Senhor por ser dele conhecido antes mesmo do seu nascimento e por ter sido consagrado, desde então, como profeta a serviço das nações. Essa certeza fortalece o profeta diante dos reis, dos sacerdotes e do povo.

A 2ª leitura fala do amor “ágape” que é o dom por excelência, pois foi derramado pelo Espírito em nossos corações.

O Evangelho começa como terminou o texto do domingo passado: Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir. As pessoas admiram as palavras de Jesus, cheias de sabedoria, mas ainda não compreendem sua missão. Não podem reconhecer no filho de José o enviado de Deus. Diante dessa reação do povo, Jesus se apresenta como profeta, consciente de seu destino: Nenhum profeta é bem recebido em sua terra. Acontece com ele o mesmo que sucedeu com Elias e Eliseu que não puderam ajudar os seus conterrâneos e tiveram que se dirigir aos estranhos. A rejeição ao Cristo por ser o filho de José, resulta da expectativa de um Messias poderoso. Jesus, porém, não se deixa intimidar e passando pelo meio deles, continua o seu caminho.

Revista de Litrugia