Domingo de Pentecostes


O texto dos Atos dos Apóstolos é construído por Lucas com uma finalidade teologia bastante especifica: estabelecendo um paralelo com o Pentecostes do povo de Israel, mostrar que a ação de Deus continua viva agora nos cristãos. A festa judaica de Pentecostes, celebrava, cinqüenta dias depois da páscoa, a recepção da Torá no Monte Sinai (Cf. Ex 19,16-20 e Dt 5, 4-5).

Percebemos também um contraponto ao relato de Babel (Cf. Gn 11, 1-11): lá, a multiplicidade de línguas gerou confusão: aqui, pela ação do Espírito de Deus, gerou unidade. A Igreja nasce com uma vocação universal, evidenciada pelos numerosos povos ali reunidos.

Elementos como o barulho forte, o vento e as línguas de fogo são teofânicos: expressam a presença de Deus. É essencial perceber que a comunidade primitiva foi invadida, tomada pelo Espírito, e que toda a sua atividade posterior se dá pelo influxo deste mesmo Espírito.

A unidade de que fala a primeira leitura não anula a diversidade presente na Igreja. Isso é garantido pelo texto de Paulo aos Coríntios. É o Espírito Santo que nos permite crer. O essencial é a profissão de fé em Cristo Ressuscitado: Ele é o Senhor.

A comunidade de Corinto passava por algumas dificuldades por causa do sincretismo religioso. Diante disso, como discernir o que é, verdadeiramente, obra de Deus do que é puramente humano? Paulo coloca três critérios importantes: 1. Todos os carismas devem conduzir à mesma profissão de fé no senhorio de Cristo; 2. Todos os carismas devem ajudar a concretizar o plano salvífico de Deus; 3. Os carismas servem ao bem comum e à unidade do Corpo de Cristo, nunca criam divisão.

As diferenças étnicas (judeus e gregos) e sociais (escravos ou livres) não podem perdurar na comunidade cristã. A adversidade de carismas, assim, não destrói, mas favorecem a unidade na fé.

O Evangelho se dá no lugar da reunião da comunidade, que, ao que tudo indica, já tinha estabelecido o costume de se reunir no primeiro dia da semana. Chama atenção que estavam com medo, o que revela a situação da comunidade de João em relação à Sinagoga.

Jesus entra, mesmo com as portas fechadas, põe-se no meio deles, os saúda dando a paz. Há controvérsias exegéticas sobre a tradução das palavras de Jesus: “’Paz a vós!’ Por essas palavras, que são as primeiras que o Vivente dirige aos seus discípulos reunidos, Jesus não formula uma saudação ordinária, o shalom costumeiro dos judeus. Também não é um desejo, como erroneamente se traduz: ‘A paz esteja convosco’. Trata-se do dom efetivo da paz, em conformidade com o que Jesus disse no seu Discurso de despedida: ‘Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz; não vo-la dou como o mundo’ (14, 27)” (LÉON DUFOUR, Xavier. Leitura do Evangelho Segundo João – IV. São Paulo: Loyola, p. 166).

Depois se apresenta, mostrando a identidade entre o Crucificado e o Ressuscitado. O resultado dessa visita é a alegria que brota no coração dos discípulos, que vêem o Senhor.

Há uma nova saudação de paz, sinal do início de um novo tempo. Jesus, o Enviado por excelência, envia agora os seus discípulos. “A missão provém de Deus, que quer dar a vida ao mundo. O envio dos discípulos implica tudo o que visava o ministério confiado a Jesus: glorificar o Pai, fazendo conhecer seu Nome e manifestando seu amor (Cf. 17, 6.26)” (Idem p. 169).

Temos, agora, um gesto: soprou sobre eles. Esse sopro é indicado com o mesmo verbo que consta em Gênesis 2,7. Faz referência clara ao ato criador e, agora, inaugura uma nova criação. “Trata-se agora da nova criação: Jesus glorificado comunica o Espírito que faz renascer o homem (cf. 3, 3-8), capacitando-o para partilhar a comunhão divina. O Filho que ‘tem a vida em si mesmo’ dispõe dela a favor dos seus (cf. 5, 26.21): seu sopro é o da vida eterna. Mostrando a chaga de seu lado, não evocou Jesus o rio de água viva que daí saiu, símbolo do Espírito dado aos que crêem (19,34; cf 7,39)” Ibidem, p.169).

Prestemos atenção ao fato de que João situa esse relato no dia da Páscoa. Assim não é Pentecostes, porque não está a cinqüenta dias da Páscoa, como em Lucas. Contudo, é, sim, o dia do envio do Espírito Santo, mostrando o laço imediato do dom do Espírito com o Cristo Ressuscitado.

Sobre o perdão dos pecados, confiado à comunidade, vemos que “perdoar/manter” significa aqui a totalidade do poder misericordioso transmitido pelo Ressuscitado aos discípulos. (…) De acordo com os profetas, a efusão escatológica do Espírito purificará Israel de suas manchas e de seus ídolos.

Na pregação cristã primitiva, remissão dos pecados e dom do Espírito vão juntos. O efeito primeiro da criação nova, que Jesus significou por seu sopro, é o renascimento do ser (cf. 3,3) e, portanto, o perdão.

Não se deve esquecer de valorizar a Sequência de Pentecostes, hino ao Espírito Santo, louvando-o e suplicando sua vinda.

Diocese de Limeira

Os seguidores de Cristo precisam estar a serviço da verdade

Sabem, meus irmãos, nós acompanhamos Jesus entre os apóstolos, após Sua ressurreição, quando Ele faz uma confissão a respeito do apóstolo João de que queria que o apóstolo ficasse até Ele voltar. Mas, sem compreender a profundidade e a forma completa do que Jesus havia dito, começou-se a se espalhar entre os próprios apóstolos o boato de que João não morreria.

Deixe-me dizer uma coisa a você: se entre os discípulos houve boatos, imagine no meio de nós hoje?! Boatos são suposições e afirmações que assumem o lugar da verdade sem ser a verdade propriamente dita. Meias verdades ou até mesmo, muitas vezes, inverdades que foram ouvidas de um jeito e interpretadas de outro jeito. E sabemos o mal que os boatos fazem!

Até a respeito de Jesus se espalhou entre os judeus o boato de que o Corpo d’Ele havia sido roubado. Muitas vezes, mentiras e inverdades são apregoadas pelo mundo como se fossem a verdade. No meio de nós temos que nos prevenir desse mal e cuidar da nossa conduta, do nosso comportamento, daquilo que falamos e afirmamos!

Não fale uma coisa da qual você não sabe, não afirme uma coisa da qual você não tem certeza; não espalhe nem diga para outros aquilo que você apenas acha que é, como se, de fato, fosse o acontecido. O boato só faz mal, só espalha a cizânia, a mentira, as fofocas e as difamações.

Os boatos destroem, corroem e são um mal por si mesmos. Ainda que num primeiro momento tenha sido algo inofensivo; como não foi essa intenção que os próprios apóstolos tiveram. O problema foi que não entenderam bem o que o Senhor lhes dissera; e nós, muitas vezes, também não entendemos bem alguma coisa e espalhamos aquilo que ouvimos mal como se fosse o correto.

A humildade em dizer que não entendemos e não compreendemos algo nos falta muitas vezes! Nós preferimos levar adiante o mal que entendemos como se fosse isso o afirmado. Você já viu o quanto os boatos já destruiram casas, famílias, relacionamentos e a imagem das pessoas!? O quanto este mundo precisa da verdade de Deus para se purificar do mal, dos boatos, das mentiras e das fofocas!

Quem se propõe a ser discípulo de Jesus não pode semear boatos, não pode semear fofocas! Quem se propõe a ser seguidor de Jesus precisa estar a serviço da verdade. Muitas vezes, é preferível silenciar quando não sabemos, quando não temos certeza e quando não temos convicção a respeito de alguma coisa. Não podemos ser aqueles que semeiam e espalham boatos no meio do povo de Deus, da humanidade e da sociedade em que vivemos!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova

Ascensão do Senhor

A liturgia da Palavra traz o relato daquilo que consta resumidamente no Símbolo Apostólico:“Subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir”.

O período das aparições de Jesus Ressuscitado serviu para reunir os discípulos na certeza de que Ele não ficou no sepulcro, mas está vivo.

Agora, são enviados em missão. A missão é anunciar a vida de Jesus aos judeus primeiro, e depois a todos os povos (At 1,8). Antes de Jesus partir, há um dialogo com os discípulos, que revela o quanto eles ainda não tinham compreendido o sentido do Mistério Pascal de Cristo. Eles esperavam o restabelecimento do Reino de Israel. Jesus, contudo, não quer renovar o reino de Davi. Ele, ao contrário, dá aos discípulos uma missão e uma promessa. A promessa é o Espírito Santo, em cuja força realizarão a missão: testemunhar Cristo até os confins da terra.

Merece destaque na narrativa dos Atos dos Apóstolos a nuvem que encobriu Jesus. Evoca, claramente, o momento da transfiguração do Senhor. Além disso, lembramos a anunciação a Maria, quando lhe foi dito que o poder do Altíssimo a cobriria com sua sombra (Cf. Lc 1,35). No Antigo Testamento, a nuvem é sinal da presença de Deus e acompanha o povo de Deus em sua travessia do deserto. “A afirmação sobre a nuvem é claramente teológica. Apresenta o desaparecimento de Jesus não como uma viagem em direção às estrelas, mas como a entrada no mistério de Deus” (RATZINGER, Josef. Jesus de Nazaré – da entrada em Jerusalém até a Ressurreição. São Paulo: Planeta, p. 253).

A segunda leitura e o Evangelho falam de Jesus, subindo ao céu, está agora sentado à direita de Deus, como rezamos no Símbolo Apostólico. Como compreender isso? “Deus não Se encontra num espaço ao lado de outros espaços. Deus é Deus. Ele é o pressuposto e o fundamento de todo o espaço existente, mas não faz parte dele. A relação de Deus com todos os espaços é a de Senhor e Criador. A sua presença não é espacial, mas, precisamente, divina, ‘Sentar à direita de Deus’ significa uma participação na soberania própria de Deus sobre todo o espaço” (RATZINGER, Josef. Jesus de Nazaré – da entrada em Jerusalém até à Ressurreição. Soa Paulo: Planeta, p. 253).

As leituras enfatizam que a Ascensão não é um distanciamento que rompe a presença de Deus entre nós. Pelo contrário, ela inaugura um novo modo de presença. Tanto é verdade que o Evangelho conclui afirmando que “o Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam” (Mc 16,20).


Diocese de Limeira

Sereis revestidos da força do alto

Jesus sabe que cada um de nós tem a necessidade desta “força do alto”

“Vós sois as testemunhas destas coisas. Eu enviarei sobre vós o que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto. Então Jesus levou-os para fora da cidade, até perto de Betânia. Ali ergueu as mãos e abençoou-os. E enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi elevado ao céu. Eles o adoraram. Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria, e estavam sempre no templo, bendizendo a Deus” (Lucas 24,48-53).

Jesus havia ressuscitado, mas esse fato era algo tão grandioso e tão incompreensível aos discípulos que Ele mesmo teve que ir ao encontro deles e lhes falar pessoalmente. E depois de buscá-los e mais uma vez lhes explicar as Sagradas Escrituras, o Senhor os abençoa e volta ao céu. E, antes disso, lembra a todos de uma promessa maravilhosa e fundamental para a vida e missão dos discípulos: “Eu enviarei sobre vós o que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto”.

Jesus não nos ilude nem nos engana. Ele sabe que cada um de nós tem a necessidade desta “força do alto”. E esta “força do alto” é uma Pessoa, tem um nome e uma missão própria na Santíssima Trindade. É o Espírito Santo! A Terceira Pessoa da Trindade. Ele habita em todos nós e tem a missão específica de nos santificar, isto é, de nos fazer cada dia mais parecidos com Jesus Cristo. Um novo Cristo nesta terra.

Frei Raniero Cantalamessa afirma: “O Espírito Santo habita no coração de cada batizado, mas pouco pode fazer, exatamente pela falta de conhecimento, de intimidade, de relacionamento e de CELEBRAÇÃO DE SUA PRESENÇA. A pessoa possui o Espírito Santo, mas Ele não a possui”.

Talvez esta seja uma resposta para muitos. Muitos que se perguntavam por que parecia que o Espírito não agia, ou agia desproporcionalmente à sua expectativa ou necessidade. “Eu enviarei sobre vós o que meu Pai prometeu […]”. Precisamos acreditar nesta promessa de Jesus e viver como pessoas que possuem o Espírito e têm a necessidade de ser possuídas por Ele.

Precisamos dar ao Espírito Santo de Deus “carta branca” em nossa vida e ministério. Sem colocar condições nem impor regras para que Ele tenha liberdade total de agir em nós e por intermédio de nós.

No meu ministério quantas vezes fui surpreendido pela ação sobrenatural do Espírito, especialmente naqueles momentos em que me sentia mais incapaz, mais fragilizado e menos preparado para a missão. Quantas canções nasceram desta necessidade de ser possuído pelo Espírito de Deus. Quantos milagres foram realizados diante dos meus olhos quando simplesmente celebrei e cultivei meu relacionamento com o Santo Espírito!

Faço o convite a você: deixe-se guiar na amizade e intimidade com o Espírito Santo de Deus. Aproveite este tempo de graça e junto com toda a Igreja clame de todo o coração: Vem, Espírito Santo!

E lembre-se de que Deus nos enriquece com Seus dons e carismas não para nos dar brilho, fama ou prestígio, mas para o serviço aos irmãos.

Grande abraço!
Feliz Pentecostes!

Luiz Carvalho
Ministro de música e fundador da Comunidade Recado

Como lidar com suas fraquezas

É necessário que Deus perceba no mais profundo do nosso coração um desejo pelo batismo no Espírito Santo.

Ezequiel está sendo conduzido pelo Espírito Santo na oração. Esses ossos que cita na Palavra, não era ossos de “cachorro”, mas de humanos.

Meus amados, nós vemos que Deus, vem em socorro de um povo que estava abatido, desanimado e sem esperança. Mortos na sua fé e sem Deus. Não tinham mais perspectiva sobre a vida, este povo eleito e amados por Deus. Um povo que estava exilado e sem esperança, porque eles tinham abandonado o Senhor. Eles estavam longe da terra que Deus havia prometido; estavam longe do templo e sem esperança. É o povo no qual estavam se sentindo humilhados, e Deus manda Ezequiel para anunciar um tempo novo. Para dar uma perspectiva de vida, e para reuni-los de novo.

A primeira coisa da revelação que eu quero destacar, é o que Deus pede para Ezequiel fazer: “Ossos ressequidos, ouvi a Palavra de Deus”.

Olhar Jesus na beirada daquele lago, junto com os seus, da para perceber que Deus não desiste dos seus. (Jo 21,15-19). Olhar para este encontro é perceber o Deus amoroso, que não quer perder ninguém.

“ Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos” (Lucas 22,31-32).

Meus irmãos, olha o alerta: Jesus que chama a atenção de Pedro, dizendo que satanás queria peneirar ele. Jesus disse: “Eu orei por você Pedro, para que você não desistisse”. Pedro não assume aquilo que ele tinha de fraqueza e de brecha na vida dele. Ele finge que não tem dificuldade. Não esconda as suas fraquezas de Deus. Não se vista de alguém que você não é. Reconheça quem é você! O que mais agrada a Deus é ser aquilo que verdadeiramente somos. Pedro disse: “Eu irei contigo nem que se for para a morte”. Pedro não reconhece e Jesus dá o alerta. Eles prederam Jesus e O levaram. Pedro teve tempo de reconhecer que tinha medo, mas não o fez.

Pedro estava se sentindo derrotado ali naquela praia, ele não foi capaz de fazer o que disse que iria fazer. Quantas vezes nós falamos que seguiremos ao Senhor e não cumprimos? Tantas promessas que fazemos e falhamos. Sabe por quê? Não temos coragem de assumir as nossas fraquezas.

Veja a figura de Adão e Eva, eles estavam passeando no jardim e comeram do fruto proibido, se esconderam de Deus e ainda, Adão disse, que ‘foi a Eva que deu para ele comer o fruto’. Nós temos dificuldade de assumir as nossas fraquezas. Precisamos de dizer a Deus: “Senhor, se não for o Senhor a caminhar comigo, eu não consigo”. Não precisamos de impressionar a Deus, Ele nos conhece. Mas é preciso que assumamos as nossas fraquezas diante d’Ele.

Ou nós assumimos que somos fracos e dependentes da graça de Deus, ou nós nos auto condenamos. “O Espírito é que vem em socorro das nossas fraquezas, porque não sabemos rezar como convém”. Pedro estava sentindo-se derrotado. Eu não sei o que você está sentindo. Talvez você é um servo de Deus, e já foi canal da graça para muitas pessoas, mas por trás, você vive caindo, e deixando-se levar pelas fraquezas. É uma pessoa que não tem coragem de reconhecer as suas fraquezas.

Quando Jesus encontra com Pedro, ele já tinha perdido a esperança, e já não acreditava mais nos milagres que já tinha visto. E ainda trazia o sentimento de revolta. Nós não podemos ficar colocando a culpa no diabo por causa das nossas fraquezas. “Ai padre, eu fui para o motel com a minha namorada, por culpa do diabo”. Mentira! É necessário reconhecer que você é fraco. Você deu a brecha para ele agir.

Jesus diz para Pedro: “Pedro, você me ama? Eu vi que você caiu, mas não vê que eu tenho compaixão de ti? Você não viu Pedro, tanta compaixão que tive com Samaritana, e com Zaqueu?”. Deus não desiste de você! Não importa com aquilo que você viveu, Deus acredita em você. Jesus está trabalhando com esta passagem, para curar o coração de Pedro e o nosso.

Deus apesar das suas fraquezas, acredita em você. Assim como Jesus curou Pedro de todo o sentimento de culpa, e curou o seu caráter, Deus também quer fazer assim como você!

Eu fico imaginando que a primeira profecia que Jesus disse para Pedro. Se você também negou, e até cometeu um escândalo, Jesus está lhe dizendo: “Volta, sai da vida velha!”. O avivamento veio sobre a vida de Pedro, de Tiago, João e sobre a Virgem Maria em Pentecostes. Esse avivamento é experiência dos dons, do primeiro amor. Se você já foi batizado no Espírito Santo e não tem orado mais em línguas, retome. A oração em línguas é a oração que santifica. Monsenhor Jonas Abib, diz que ‘ele reza pelo menos quatro vezes em línguas no dia, para que ele seja o homem que Deus quer que ele seja. E você, o quanto tem orado em línguas?

A oração é línguas é o dom que precisamos, para sermos edificados. Para ter um sorriso ungido, um olhar ungido e um abraço ungido.

Monsenhor Jonas, diz ainda: “Para que um vaso seja cheio do Espírito Santo, ele não precisa ser um vaso de cristal. Pode ser um vaso de barro, desde que, ele esteja cheio do Espírito Santo. Segunda característica: para quem quer ser cheio do Espírito Santo, não cultive a mágoa. A terceira: não deixar-se levar pela preguiça. De quê adianta receber os carismas e querer ficar sentado em casa, sem querer ajudar e servir na Igreja?”.

Padre Roger Luís
Sacerdote Comunidade Canção Nova

Espírito Santo: a grande arma contra o inimigo

Na verdade, o Espírito Santo já está em você. A questão não é de merecimento ou grau de santidade, como pensam alguns. Você recebeu o Espírito Santo em seu batismo, em sua crisma.

Com a terra acontece a mesma coisa: no fundo dela há veios, lençóis d’água. É preciso perfurar a terra até atingi-los. Logo que isso acontece, a água sobe com toda a força. E para que aconteça o batismo no Espírito no Santo, é preciso apenas perfurar a “rocha” que, infelizmente, se criou em cada um de nós. Quando a “região” onde está o Espírito Santo é atingida, Ele vem com toda a força: foi o que aconteceu em Pentecostes.

O Espírito Santo é, de modo especial, louvor, adoração, oração. Ele é fogo de amor a Deus, fogo de louvor. A Palavra de Deus diz bem: Aqueles apóstolos ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar numa língua estranha: numa língua, que deixou a todos espantados. Não falavam em línguas estrangeiras, mas, numa língua nova, diferente. Era a língua do Espírito Santo que explodia dentro deles em oração.

O que aconteceu com os apóstolos deixou muita gente pasmada em Jerusalém. Alguns pensaram que eles estavam bêbados, porque rezavam numa língua diferente, estranha, diferente. Para nós, isso é uma necessidade. Batizados no Espírito Santo, recebemos também a graça de orar numa língua nova.

Estamos travando uma terrível batalha espiritual, e a arma que Deus nos dá contra os espíritos malignos espalhados pelos ares é justamente a oração em línguas. É o próprio Espírito Santo orando em nós. Mais ainda: é orar e cantar na língua dos anjos. Eles oram e cantam conosco, reforçam nossa oração, combatem em nosso favor. Os anjos têm uma visão do mundo espiritual que nós, seres humanos, não temos, pois eles são espíritos. A grande maravilha é que, quando você ora e canta na língua dos anjos, eles combatem em seu favor. É preciso que você ore e cante nessa língua para que eles [os anjos] venham e se ponham a combater a seu lado. O estrago é grande demais: prostituição, infidelidade no matrimônio, alcoolismo, drogas, jogo, violência…
A vitória sobre essas situações vem com a batalha que os anjos travam conosco.

Para ver sua família liberta, você precisa de armas espirituais poderosas. A arma espiritual que Deus está lhe dando é o Espírito Santo, com todos os dons d’Ele.

“A cada um é dado o dom de manifestar o Espírito em vista do bem de todos. A este o Espírito dá uma mensagem de sabedoria, a outro, uma de conhecimento, conforme o mesmo Espírito; a um o mesmo Espírito dá a fé, a outro o único Espírito concede dons de cura; a outro, o poder de operar milagres; a outro, de profetizar; a outro, discernir os espíritos; a outro ainda, o dom de falar em línguas; enfim a outro o dom de as interpretar. Com efeito, façamos uma comparação: o corpo é um, e no entanto tem vários membros; mas todos os membros do corpo, não obstante o seu número, formam um só corpo: o mesmo acontece com o Cristo. Pois todos nós fomos batizados em um só Espírito, para formarmos um só corpo, judeus ou gregos, escravos ou homens livres, e todos nós bebemos de um único Espírito” (1 Cor 12,7-10.12-13).

Quando nasce uma criança, a primeira coisa que se quer saber é se ela é perfeita. Os pais da criança querem a criança perfeita: quando não lhe falte nenhum de seus órgãos. Que doloroso quando a criança nasce com alguma deficiência física!

Deus não quer o corpo, que é a sua Igreja, com defeito; ao contrário: Ele quer que seu corpo tenha todos os membros perfeitos. Não basta ter orelhas, é preciso ouvir. Não basta ter olhos, é preciso ver. Não basta ter boca, é preciso falar. Não basta ter pés, é preciso andar. Não basta ter mãos, é preciso movê-las.

Deus não quer uma Igreja atrofiada. Se nós temos padecido tanto, é porque o inimigo tem nos amarrado, cegado, tem nos ensurdecido, amordaçado e segurado nossos pés e nossas mãos para não andarmos nem agirmos: ele tem nos impedido do uso dos dons.

Já fomos impedidos demais! Deus não quer mais isso. Ele quer que os dons do Espírito Santo estejam em Seu corpo, que é a Igreja.

Em nossos tempos, quem impede os dons do Espírito Santo não está entendendo a vontade de Deus. E preciso prudência, é preciso sabedoria. Porém, justamente porque é preciso sabedoria, precisa-se do dom da sabedoria, e ser prudente é dar “armas” aos cristãos, dar “armas” à Igreja, não desarmá-la. Impedir os dons nos tempos de hoje é impedir a ação do Espírito Santo. É vontade de Deus que a Igreja, que é o corpo de Cristo, não seja “mutilada”. Assim como se chora por uma criança mutilada, Cristo chora vendo a sua Igreja nesse estado.

O Senhor quer que hoje todos sejam cheios do Espírito Santo, que todos recebam os dons do Espírito, para que a Igreja não seja “mutilada”, mas uma Igreja perfeita. Assim como o pai e a mãe querem seus filhos perfeitos, a Igreja precisa de filhos perfeitos.

Podemos dizer:

Sim, Deus quer uma Igreja perfeita, com todos os dons doEspírito Santo. Ele quer que a sua Igreja, hoje, receba o batismo no Espírito Santo e manifeste os dons do Espírito para não ser Igreja “mutilada”.

E isso, a partir do dom menor, que é o dom de línguas (e como se têm impedido o dom de línguas!), até o dom maior, que é o Amor.

Ore pedindo a Deus o derramamento do Espírito Santo:

Dá-me, Senhor, o derramamento do Espírito Santo.
Eu preciso e sei que essa é a tua vontade.
Que eu seja cheio do Espírito Santo.
Este Espírito que é da Igreja una, Santa, católica, apostólica.
Para que ela seja renovada, santa, com todos os seus “órgãos” perfeitos, e não uma Igreja “mutilada”.
Muito obrigado, Senhor, porque sou parte dessa Igreja que tem o Espírito Santo.
Amém!

Monsenhor Jonas Abib
Retirado do livro “O Espírito sopra onde quer”

Orações Milagrosas de São Bento


Oração da Medalha de São Bento
A Cruz Sagrada seja a minha luz, não seja o dragão o meu guia. Retira-te, satanás! Nunca me aconselhes coisas vãs. É mau o que tu me ofereces, bebe tu mesmo os teus venenos!

Oração a São Bento
Ó Deus, Vós que Vos dignastes derramar sobre o bem-aventurado confessor, o Patriarca São Bento, o espírito de todos os justos, concedei a nós, Vossos servos e servas, a graça de nos revestirmos desse mesmo espírito para que possamos, com o Vosso auxílio, fielmente cumprir o que temos prometido. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

Oração para obter uma graça

Ó glorioso Patriarca São Bento, que vos mostrastes sempre compassivo com os necessitados, fazei que também nós, recorrendo a vossa poderosa intercessão, obtenhamos auxílio em todas as nossas aflições. Que nas famílias reine a paz e a tranquilidade; afastem-se todas as desgraças, tanto corporais como espirituais, especialmente o pecado. Alcançai do Senhor a graça que vos suplicamos, obtendo-nos finalmente que, ao terminar nossa vista neste vale de lágrimas, possamos louvar a Deus.

O amor de Deus me ensina a ser mãe

Meditando esta Palavra fui fazendo memória de tantas coisas, de tantas pessoas, e o Senhor colocou três palavras em meu coração: gratidão, reconciliação e celebração. Precisamos agradecer a Deus, que nós deu Seu Filho para ser nosso Salvador, esse Deus que nos deu Sua Mãe e também o Espírito Santo para nos dar forças.

Minha mãe tinha problemas de desmaios e, desta forma, não cuidava de mim sozinha. Minha família é grande e morávamos perto dos meus avós, dos meus tios; era uma casa numa pequena comunidade. Então, todos cuidavam de mim.

O amor de Deus me ensinou e me ensina a ser uma boa mãe, contudo, minha mãe, minhas tias, minha avó também! Quero agradecer a todas as amigas que me ajudam a cuidar dos meus filhos. Quero também agradecer a Nossa Senhora, a Mulher das mulheres, ela que sempre me abençoa.

Fiquei grávida do meu primeiro filho, Pedro José, e eu e meu esposo recebemos a notícia de que seríamos remanejados para a missão de Portugal.

Após o nascimento do meu primeiro filho, descobri que seria mãe novamente. Eu já tinha um nome para o meu segundo filho, se fosse uma menina se chamaria Maria Clara, mas veio novamente um menino e para ele eu ainda não tinha um nome. Eu já estava de cinco meses quando tivemos a notícia de que voltaríamos para o Brasil. É uma missão maravilhosa e minha alegria foi tão grande,  pois, iríamos para Cuiabá (MT). Recebi a notícia do sexo do bebê, seria mais um menino, o nome dele: Gabriel.

Tive o Gabriel em Cuiabá (MT), uma criança linda, saudável, viveu muitos momentos felizes conosco. Quando o Gabriel completou 4 anos e 6 meses tivemos uma visita de Deus em nossa família. Ele teve a primeira dor de cabeça, sentiu fraquezas e vômitos; o levamos ao médico e foi diagnosticado apenas com uma virose. Após tomar os remédios recomendados, voltamos novamente ao médico para um novo exame e ele estava com sinusite; o médico medicou alguns antibióticos, porém suas dores não passavam.

Por meio de uma ressonância magnética descobrimos que este meu filho estava com um tumor no cérebro, do tamanho de um limão. E ali iniciava-se a nossa luta. O Gabriel veio a óbito, mas nós pudemos amar muito essa criança, e víamos o desígnio do amor de Deus presente entre nós. Eu poderia estar doida, com uma depressão que não voltasse mais, ou, de repente, já tivesse até morrido, mas Deus estava presente e também o monsenhor Jonas Abib que nos manteve e nos mantém sempre de pé.

A nossa certeza é a de que, um dia, estaremos todos juntos no céu! Deus nos ama, mesmo estando nas situações mais difíceis, Ele tem um desígnio de amor a cada um de nós! Você, mãe, que perdeu um filho, saiba que antes mesmo de serem nossos, eles são de Deus. Eu não sei da sua história de mãe, o que você já passou, mas, agradeça, porque Deus tem um desígnio de amor para a sua vida!

Voltamos para Cachoeira Paulista (SP), e achávamos que só teríamos os nossos dois filhos Pedro José e Gabriel, porém, eu novamente fiquei grávida. Eu poderia ter ficado com raiva de Deus, por ter levado meu filho Gabriel, mas eu acredito que Ele me ama e tem o melhor para mim. E mais uma linda e maravilhosa notícia, seria uma menina, eu me sentia tão amada, parecia que Deus se derramava de amor por mim. Ela, Maria Clara, é a alegria da nossa casa, é mais um sinal do amor de Deus por nós!

Não paramos na Maria Clara, recentemente, tivemos o Rafael que irá completar um aninho de vida.

O amor de Deus me ensina a ser mãe. Ainda estou aprendendo, mas Ele me ensina cada vez mais! Agradeça, reconcilie-se com quem é preciso. Peça perdão, hoje é dia de abraçar e celebrar!

Angelica Câmara

Missionária da Comunidade Canção Nova

6º Domingo da Páscoa

Continuamos hoje a leitura do Evangelho do último domingo. Depois da alegoria da videira, temos a meditação sobre o mistério do amor de Deus em Jesus Cristo e nossa missão de frutificar no amor fraterno. “Jesus não manda amar a Deus (…). O Evangelho de João menciona só o mandamento de amar os irmãos. De fato, o amor é um presente. Ora, um presente não se devolve, mas reparte-se com os outros. É amando os irmãos que mostramos nossa gratidão pelo amor do Pai que se manifesta a nós em Jesus. E assim levamos esse amor ao seu destino. Tornamo-nos ‘aliados’ de Deus e de Jesus, na expansão do seu amor” (KONINGS, Johan. Evangelho segundo João – amor e fidelidade. São Paulo: Loyola, 2005, p.288).

Impossível compreender o alcance do amor sem contemplar a cruz. É por isso que Jesus Diz: ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos. Da contemplação da entrega de Cristo por nós é que nos vem força para entregar também a nossa vida pelos irmãos. A única justificativa para o amor é a cruz. Nela é que compreendemos o sentido da entrega de Cristo. Sem o amor, a cruz revela-se absurda.

O Senhor nos chama de amigos, não mais de servos. Contudo, mantém sua transcendência. Há diferenças entre uma amizade humana e nossa amizade com Cristo. Nós não escolhemos ser amigos de Jesus, foi Ele quem nos escolheu. Do mesmo modo, Jesus fala que nós somos seus amigos, se cumprirmos sua vontade.
Jesus fala do discurso de Pedro, que está na primeira leitura de hoje, destaca o seu pensamento fundamental: Deus não faz acepção (distinção) de pessoas; a melhor prova disso é fazer com que os pagãos participem dos benefícios de um Pentecostes parecido com o que aconteceu em Jerusalém. E isso se deu antes de serem batizados! Pedro é levado, por causa dos fatos, a tomar posição e medidas claras: batizar os pagãos.

O fundamento de tudo está no fato de que Deus é amor. Não seria exagero dizer que é um dos melhores resumos de toda a Escritura. “Dado que Deus, foi primeiro a amar-nos (cf. 1Jo 4,10), agora o amor não é apenas um ‘mandamento’, mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro” (DCE, n.1)

Ao tratar do texto da Primeira carta de João 4, 7-10, é importante sabermos que ele faz parte da seção que fala das fontes da caridade e da fé. Falar do amor é sempre um perigo, porque tratamos com uma palavra banalizada. Os cristãos são chamados a amar porque Deus é amor, porque esse amor de Deus chegou a nós e nos chamou à existência; porque esse amor fez com que Cristo entregasse sua vida na Cruz; porque esse amor de Deus ressuscitou Jesus e nos faz hoje crer e viver nele.


Diocese de Limeira

5º Domingo de Páscoa

O texto do Evangelho de hoje (Jo 15, 1-8) prosseguirá no próximo domingo (Jo 15, 9-17). “15, 1-17 constitui uma meditação sobre o amor cristão. O ponto de partida é a alegoria da videira (vv. 1-8); depois a meditação continua aprofundando o mistério do amor de Deus em Jesus Cristo e nossa missão de frutificar no amor fraterno (vv. 9-17)” (KONINGS, Johan. Evangelho segundo João – amor e fidelidade. São Paulo: Loyola, 2005, p. 282).

Estamos diante de uma alegoria. Jesus se apresenta como a videira verdadeira, e o Pai é apresentando como a agricultor. Há uma ênfase no termo “verdadeira”. Isso denota que há outras videiras, não verdadeiras. Bem sabemos que a videira foi utilizada como imagem do povo de Israel, em textos do Antigo Testamento. Jesus assume para si a identidade de videira de Deus: ele e não mais em Israel, está a fidelidade verdadeira ao Pai.

Há uma diferença notável: o Pai não é apenas o dono da vinha, mas é o agricultor, aquele que trabalha na vinha, para que produza frutos. Um desses trabalhos é poder, limpar os ramos. E Jesus mostra, no v.3, que é a sua Palavra que “limpa” os discípulos que a ouvem.

Destaque merece também o verbo “permanecer”. Ele aparece 8 vezes; em 7 vezes fala diretamente da relação entre Jesus e os fiéis. “’Permanecer em Jesus’ exige da parte do discípulo uma fidelidade que domina o decorrer do tempo, e o olhar se volta para além, para o fruto a produzir do qual a união com o Filho é a condição” (LÉON-DUFOUR, Xavier. Leitura do Evangelho segundo João III. São Paulo: Loyola, 1996, p.119). Fica claro que havia pessoas na comunidade cristã sem toda a firmeza na profissão de fé em Jesus, a razão dá ênfase no permanecer.

Quem não crê de verdade em Jesus é um ramo morto, desligado do tronco e que, obviamente, não produzirá frutos. Quais são os frutos esperados? O amor ao próximo (cf. vv. 16-17).

As palavras de Jesus que permanecem em nós significam ele mesmo presente em quem crê. Essa é a garantia de podermos pedir ao Pai, porque seu Filho está em nós, presente em sua palavra que acolhemos com fé.

A primeira leitura fala da integração de Paulo ao grupo dos apóstolos, em Jerusalém. E isso acontece não sem dificuldades. A leitura mostra a transformação ocorrida em Saulo devido ao seu encontro com o Cristo Ressuscitado. De perseguidor a anunciador do Evangelho, coloca sua vida em risco, porque agora os judeus de língua grega queriam matá-lo.

Lucas conclui a narrativa com um resumo: Paulo afastado de Jerusalém e o retorno da paz. A Igreja cresce e envolve agora comunidades da Judeia, da Galileia e da Samaria.

A Primeira Carta de João segue no núcleo central da vida cristã: o amor que se expressa em ações concretas. O ser humano comparece diante de Deus de maneira transparente. Não há como mentir ou se ocultar diante dele. Se nós amamos de verdade não há inquietação ou medo.

O princípio motivador do amor é a fé, que nos vincula a Deus. Como Deus é amor, o fruto da fé é o amor mútuo. Volta o verbo permanecer, já presente no Evangelho de hoje Deus está conosco pelo seu Espírito. A nossa união com Deus está garantida. Falta enfatizar a nossa união mútua, conseqüência da presença de Deus em nós. Cumprir os mandamentos é amar.


Diocese de Limeira

Novenário de Fátima

Do dia 03 a 12 de Maio, a Paróquia de Fátima realiza o Novenário em homenagem a Nossa Senhora de Fátima! Participe!!! No dia 13 serão realizadas 11 Celebrações!!!

Maio é mês de Maria, mês das mães e mês de homenagear Nossa Senhora de Fátima,  que apareceu pela primeira vez no dia 13 de maio, aos três pastorinhos na Cova da Iria, na cidade de Fátima, em Portugal.

Os devotos de Nossa Senhora de Fátima estão convidados a participar do Novenário que inicia neste domingo (03/05) na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Fortaleza.

Serão nove dias de muita oração e reflexão. No dia 13 de maio serão realizadas onze celebrações, procissão e missa campal.

Venha participar conosco!

NOVENÁRIO  DE FÁTIMA

DO DIA 03 A 12 DE MAIO, A PARTIR DAS 18h30, NO SANTUÁRIO DE FÁTIMA, NA AVENIDA 13 DE MAIO.

DIA 13 - ONZE CELEBRAÇÕES; PROCISSÃO A PARTIR DAS 18 HORAS SAINDO DA IGREJA DO CARMO; MISSA CAMPAL ÀS 20 HORAS.

DIA 08 DE MAIO (SEXTA-FEIRA) - BINGÃO


DIA 09 DE MAIO (SÁBADO) - SERESTA NO PÁTIO DA IGREJA

01 de Maio – Dia de São José Operário, protetor e modelo de todos os trabalhadores

A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isso na presença de mais de 200 mil pessoas na Praça de São Pedro, as quais gritavam alegremente: “Viva Cristo trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!” O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José, o operário de Nazaré.

O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se de que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, autorizada pelo Papa Pio XII, deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: “Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da equitativa repartição de direitos e deveres.”

São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de Suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: “Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa… O Senhor é Cristo” (Col 3,23-24).


São José Operário, rogai por nós!

4º Domingo da Páscoa

Dentro do capitulo 10, sobre o pastoreio, temos a passagem do Evangelho de hoje, segundo João. Encontramos três subdivisões nesse texto, que Konings intitula: “O pastor exemplar (vv.11-18)”. Vejamos a estrutura do texto: “a) Eu sou o pastor exemplar e empenho a vida pelas ovelhas; o assalariado foge e deixa o rebanho dispersar-se (vv. 11-13); b) Eu sou o pastor exemplar e empenho a vida pelas ovelhas, e reúno as ovelhas também de outros lugares (vv. 14-16); c) o sentido profundo de empenhar (dar) a vida (v. 17-18)” (KONINGS, John. Evangelho seguindo ao – amor e fidelidade. São Paulo. Loyola, 2005, p. 204. Seguimos este exegeta na reflexão desta perícope).

Jesus se autoproclama o “Bom Pastor”. Os exegetas afirmam que a tradução exata do grego não seria “bom”, mas belo, nobre, valente adequado, acertado, exemplar, excelente. “Bom” não está aqui no sentido moral, mas no sentido de Jesus ser o pastor exemplar, como devem ser todos os pastores.

Jesus apresenta a diferença que há entre um pastor assalariado e ele: o assalariado não se importa com as ovelhas, porque elas não são suas; o pastor-proprietário depende das ovelhas para viver, não é nada sem elas.

O texto prossegue com a explicação da comunhão que há entre Jesus e as ovelhas, fundamentada na comunhão anterior: Jesus e o Pai. É por causa da comunhão com o Pai e com as ovelhas que Jesus empenha – dá, arrisca – sua vida por elas. E continua: o pastor exemplar não se preocupa apenas com as ovelhas que já estão perto, mas ele quer abranger todas. Temos, como no domingo passado, o tema do universalismo da salvação.

Fecha-se o texto com o tema de amor, que não é um amor simplesmente sentimental. A fonte do amor de Jesus é o Pai. O Pai ama Jesus; Jesus ama os que são do Pai ao ponto de entregar a sua vida por eles. Por isso fala da entrega livre que faz da própria vida.

O texto dos Atos dos Apóstolos mostra uma leitura em perspectiva cristológica da passagem de Isaías 28, 16: “por isso diz o Senhor Deus: ‘Colocarei no monte Sião uma pedra, pedra testada, pedra angular de valor, para alicerce seguro: quem nela confiar, não ficará abalado”. Também o Salmo de Hoje (117) fala da pedra que os pedreiros rejeitaram, e que se tornou agora a pedra angular (v.22).

Pedro faz o anúncio explícito da morte e Ressurreição de Cristo, rejeitado por Israel e ressuscitado por Deus. É nele que se encontra a salvação, e em nenhum outro.

Relacionando a primeira leitura com o Evangelho, vemos que Cristo, pela sua paixão – vida entregue pelas ovelhas – se torna a pedra que sustenta a salvação.

Pela fé em Jesus Cristo nos tornamos filhos de Deus. Isso é um presente de amor recebido do Pai. Além de sermos chamados assim, o somos de fato! É o que atesta a Primeira Carta de João. O amor de Deus em Cristo já nos dá uma identidade nova, mas ainda não totalmente manifesta neste mundo. Na parusia, quando Jesus se manifestar, nos veremos semelhantes a Ele, contemplando-o como Ele é.


Diocese de Limeira