6º Domingo da Páscoa

Na leitura dos Atos, os apóstolos realizam a Assembleia de Jerusalém (At 15,1-35; cf. Gl 2,1-10). Na pauta a questão: para merecer a salvação oferecida por Jesus é necessário a observância da Lei e da circuncisão? A carta apostólica, guiada pelo Espírito Santo, propõe a comunhão entre os cristãos provenientes do judaísmo ou não.

O salmo acentua que todos os povos celebram a salvação do Senhor.

A leitura do Apocalipse descreve a nova cidade sem Templo, iluminada pela presença de Deus revelada plenamente em Jesus, o Cordeiro, que resplandece vitorioso sobre a mentira e a injustiça (21,27).

Jesus, no diálogo de despedida com seus discípulos, ensina a viver uma nova maneira de comunhão: Quem me ama guardará minha palavra, meu Pai o amará, iremos a ele e nele faremos morada. O amor por Jesus se doa sem medida e manifesta a prática de suas palavras e mandamentos. O outro Defensor (14,16), estará para sempre com os discípulos, sendo chamado também de Espírito da verdade (14,17). Jesus ressuscitado continuará como Defensor junto do Pai (1Jo 2,1), consolando seus seguidores. O Defensor, o Paráclito (14,16.26; 15,26; 16,7), é o Espírito Santo (14,26), que ensinará todas as coisas e recordará tudo o que Jesus disse aos discípulos. O Espírito Santo, como dádiva do Ressuscitado (20,22), faz compreender as palavras e ações de Jesus, despertando sua memória e guindo no caminho da paz que ele viveu e ensinou. Os discípulos, diante de situações adversas (14,29; 16,2), são impelidos a acreditar, a permanecer firmes na prática da não violência, da justiça, do amor fraterno.

O Espírito de Jesus Ressuscitado, o Defensor, está sempre conosco, para nos guiar no caminho da verdade plena. A partir do V Domingo da Páscoa a dinâmica se move para a preparação da vinda do Espírito Santo em Pentecostes.

Na celebração eucarística fazemos memória da páscoa de Cristo, oferecendo pão e vinho na ceia do Senhor, na qual nos alimentamos do Cristo-Cordeiro, aquele que tira o pecado do mundo e realiza em nós a reconciliação.

Revista de Liturgia

Nenhum comentário: